ARCO DO CASTELO!

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Que estranha é a vida,
as coisas, que nos dá
e outras, que nos tira!
gira! gira! boa ou má!

Uma adolescente passava,
com ela,na Alta, me cruzava,
era da vida, o futuro ridente,
eu de olhar neutro, ausente.

Então, não me apercebia
da dádiva que, dia a dia,
a vida me oferecia,
como cego, nada via.

Até que chegou o dia,
de, à bela jovem, falar,
lesta, não me atendia,
nem parou, sempre, a andar.

Começou a falar, assim, falava
"que coisas que a vida tem,
me cruzou contigo, também,
para saberes que eu te amava.

Tão perto e demoraste a entender,
ficas, agora, por mim, a saber
a razão de deixares de ser amado,
nosso tempo-espaço está esgotado".

Que estranha, para nós, foi a vida,
as coisas, que nos podia ter dado
e outras para nossa felicidade vivida,
gira! gira! o tempo não está parado!

Edgard Panão

( Poesia Arcaica)

Foto retirada da net
 

 

Citando Isabel Vilao <ivilao@gmail.com>: