Assi… passan los dias!

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Dias, de separação,
que compridos são,
parados, ainda, é pior,
contra o mal que nos amarrou,
espero venha uma força maior
e acabe com o "triste, prá aqui estou".

Do poder do mal que nos afastou,
de conviver e nos aprisionou
suas cadeias vamos romper,
por fases, como terá de ser,
para sair do paterno lar,
e às ruas poder voltar
livres dum interlúdio apático
de ar pesado e sorumbático,
para à vida de convívio retornar!

Não paro de recordar,
de pelas ruas a caminhar,
no gozo da felicidade;
com pessoas poder cruzar
com meus amigos compartilhar
sorvendo, em pleno, a liberdade.

Tudo, voltará a ser como era,
de regressar, fico à espera,
ao meu quintal,como na primavera
com ar puro, para respirar,
só como tecto, o céu, a limitar,
sem canais da TV, a enfastiar,
e, onde, tudo estará como ficou,
a linda fúcsia não parou de florescer,
seus brincos,continuam a pender!.

Esperemos passe, de vez, este mal
para se ser feliz, num presente desigual
ao que hoje se passa, que é resultado
dum ser microscópico se ter espalhado.

Se, depois de acabar, isto voltar ao começo,
quando eu sentir a minha mente abusada
por uma liberdade, de novo, condicionada,
com o remédio mais acessível, fico guesso!

Edgard Panão

Arte: Edvard Munch (Melancolia)