ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: É PRECISO TER LATA
Voltamos ao confinamento. Regressamos aos desafectos. Andamos para trás, para Março/Abril do ano passado quando estivemos fechados em casa. Sem sairmos, sem vermos familiares e amigos, sem nos tocarmos, sem nos socializarmos, sem existir vida nos cafés e nos restaurantes…sem haver passeios nos jardins, corridas nas ruas e vida, vida que nos ofereça saúde…
Apesar disso tudo, de termos de nos trancar, os políticos, indiferentes e frios, querem as eleições presidenciais a 24 deste mês.
O resto pode fechar. O resto pode morrer. O resto pode mandar milhares para o desemprego. O resto pode atirar os nossos mais antigos para o silêncio das paredes. O resto amarfanhará os velhinhos. O resto colocá-los-á a voar para a eternidade. O resto espatifará mais a economia. O resto…o raio que os parta a eles.
Não pode é faltar a votação. Não pode é deixar de haver eleição presidencial.
Eles, os políticos e a política, não vivem sem o acto, o de pormos o voto nas urnas. Eles vivem disso e para isso…
O resto, a nossa saúde, o Serviço Nacional de Saúde, o cansaço dos profissionais de saúde, o estrafego dos hospitais, a nossa sanidade mental e a nossa vida pessoal e profissional, pelo que se apura, não vale nada para esses senhores da dita-cuja vida que respira e transpira politiquice. Somos um País de indecente gente que está nos poleiros…
Os políticos arrimam-nos, como se isso fosse indispensável para respirarmos ou para vivermos, com a Lei das Liberdades dos partidos, plasmada na Constituição, a que nos sobra desde 1979…
Esta gente, a dos partidos e dos políticos, não presta.
Está mais interessada nos seus cargos do que na nossa Saúde e na nossa Vida, como pessoas e como Nação.
Depois de amanhã, vão mandar-nos para casa.
No dia 24, porque lhes cheira a tacho, querem-nos a votar.
Abençoado Tino de Rãs que decidiu suspender a campanha.
Abençoados os portugueses que não forem votar para dar lição a todos os que se candidatam a Belém, com excepção de Vitorino Silva.
Estes candidatos têm muita lata, começando pelo actual Presidente que se recandidata e pede que vamos às urnas, a 24.
E se vos fizémos um manguito, à boa maneira do Zé Povinho, o das Caldas?
António Barreiros