A VITÓRIA QUE ANDAVA A FALTAR

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Finalmente, depois de mais de um mês à penúria, eis o regresso da Académica às vitórias. Para além da conquista dos três pontos, esta vitória em Lisboa, frente ao Casa Pia, veio certamente reforçar a confiança, a tranquilidade, a estabilidade e a crença da equipa - tão necessárias para enfrentar com sucesso as cinco finais que ainda restam -e que, era bem visível, não estavam nos seus melhores níveis, nesta fase difícil em que se foram sucedendo resultados menos positivos, e que esperamos tenha acabado hoje.

Não foi um jogo perfeito, longe disso, mas tudo correu bem e, apesar de o equilíbrio ter sido a nota dominante ao longo da partida, o resultado final saldou-se por um saboroso 3-0, já com cheirinho a goleada.

Um auto-golo e um penalty, curiosamente com o mesmo infeliz intérprete casapiano, abriram a porta a uns vinte minutos finais mais descansados para as nossas cores, que culminaram, até, com a estreia como marcador de Mayambela, através de um golo de belo efeito, a deixar a ideia de que, contrariamente à opinião que parecia começar a prevalecer entre os adeptos, ainda se poderá revelar uma opção de indiscutível utilidade.

Numa equipa que hoje se apresentou com algumas alterações, merece destaque o regresso de Zé Castro, depois de prolongada ausência por lesão. A forma calma e segura como converteu o penalty e as lágrimas sentidas com que festejou o golo, são bem demonstrativas da importância de que se reveste a sua presença no conjunto, pelo que acrescenta  no exemplo, liderança, qualidade, experiência, amor à camisola.

A titularidade de Chaby e de D. Pereira com exibições positivas e as entradas bem sucedidas de Mayambela e Mimito, confirmam que, afinal, há soluções dentro do plantel e que não há razões para sacrificar desnecessariamente jogadores em fase menos boa, por cansaço ou abaixamento de forma, com o receio de que os seus substitutos possam não estar à altura. À atenção de Rui Borges!

Depois da vitória de hoje, o céu está mais desanuviado, o futuro é mais radioso. Seguem-se agora dois jogos decisivos em casa, com adversários diretos na luta pela subida. São dois desafios em que se joga toda a época, em que a alternativa só pode ser VENCER...OU VENCER.

É imperioso que seja dada uma resposta positiva, que todos acreditem e que, mesmo aqueles que, à partida, não estabeleceram como objetivo a subida, definam agora, com clareza e sem medos, outras metas e ambições, bem mais compatíveis com o que tem sido o percurso da Briosa e com o lugar a que se alcandorou, numa fase já tão adiantada do campeonato.

Jorge Pedroso de Almeida
Imagens: AAC/OAF