Garra e Querer

 

Podem alguns adeptos, alguns teóricos e alguma malta da imprensa aboletada em Coimbra, o certo é que a Académica, neste jogo da Taça, teve uma exibição em que  a garra e o querer pesaram muito na obtenção do resultado, muito escasso em relaão às ocasiões de que dispôs. Mas, que diabo, esta época até o Ronaldo está a falhar que se farta.

Uma coisa é certa, e já ninguém lha tira: Académica apurou-se para os oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, vencendo o Nacional por 1-0, na estreia do técnico Ricardo Soares.

O capitão Marinho foi o autor do golo, aos 62 minutos, e, a partir dos 71 minutos, a equipa da casa, a Académica – diga-se para os mais distraídos - com menos um jogador, “aconselhado” por um árbitro manhoso, com dualidade de critérios a desfavor da equipa da casa. Como habitualmente.

Numa primeira parte com poucas ocasiões de golo flagrante, a melhor oportunidade pertenceu à Académica, aos 38 minutos, num cabeceamento de João Real à trave, no seguimento da cobrança de um livre indirecto.

Na estreia do técnico Ricardo Soares, a 'briosa' procurou, desde o início tomar as rédeas do jogo e, aos cinco minutos, Chiquinho obrigou o guarda-redes do Nacional a defender para canto uma bola rematada num livre direito junto à linha de grande área.

A equipa insular respondeu com perigo aos 20 minutos por intermédio de Murilo, que fugiu pela esquerda do seu ataque e rematou cruzado para defesa de Ricardo Ribeiro.

Os 'estudantes', no entanto, estiveram sempre mais perigosos, embora a equipa insular nunca tenha deixado de procurar a baliza contrária.

Na segunda parte, a Académica surgiu mais organizada, mais rápida, e construiu várias  ocasiões de golo, a primeira logo aos 59 minutos, num contra-ataque conduzido por Balogun, que endossou a bola para Guima, que, à saída do guarda-redes Framelin, atirou a rasar o poste.

No minuto seguinte, Nélson Pedroso foi à linha cruzar atrasado para o rematar de Chiquinho, no coração da área, mas a bola foi defendida pelo guarda-redes do Nacional.

A Académica chegou ao golo aos 62 minutos, numa jogada de insistência, com vários remates intercetados dentro de área, em que o capitão Marinho, depois de vários remates de outros colegas, aproveita um ressalto para cabecear certeiro e marcar o primeiro e único tento da partida.

Aos 71 minutos, a 'briosa' ficou reduzida a 10 jogadores por expulsão de Nélson Pedroso, que viu o segundo amarelo.

Até ao final do jogo, a melhor oportunidade pertenceu ao Nacional, aos 88 minutos, quando Witi rematou de cabeça de cima para baixo para uma grande intervenção de Ricardo Ribeiro a evitar a igualdade.

Equipas:

- Académica: Ricardo Ribeiro, Mike, João Real, Zé Castro, Nélson Pedroso, Ricardo Dias, Chiquinho, Guima, Balogun (Yuri, 90+03), Marinho (Luisinho, 90+05) e Djoussé (Harramiz, 82).

(Suplentes: Guilherme, Ki, Zé Tiago, Harramiz, Yuri, Diogo Ribeiro e Luisinho).

Treinador: Ricardo Soares.

- Nacional: Framelin, Nuno Campos, Diogo, Felipe, Elízio, Geraldo, Jota, Kaká (Vanilson, 80), Camacho (Vítor Gonçalves, 88), Ricardo Gomes e Murilo (Witi, 66).

(Suplentes: Gauther, Witi, Diego Barcelos, Vanilson, Júlio César, Edgar Abreu e Vítor Gonçalves).

Com a garra e o querer de hoje, com a pontaria mais afinada, a equipa da Briosa pode ir mais linge na Taça e entrar no pódio da classificação da II Liga-

 

O árbitro Luís Godinho, da AF Évora, como já afirmámos no início do texto, fez uma arbitragem, fraca e habilidosa, prejudicando sistematicamente a equipa da casa, a Académica (para os mais distraídos). Se tivesse seguido critérios semelhantes aos que usou para com Pedroso, três ou quatro atletas da equipa visitante, o Nacional (para quem não leu o texto desde o início), teriam ido tomar banho mais cedo.

Embora cá já não tenhamos o Jorge Moreira (RIP), os adeptos têm de estar atentos à manigâncias arbitrais. Di-lo quem sabe!

A-CA-DÉ-MI-CA

ACA-DÉ-MICA

ACADÉMICA.

BIIOOSAAAAAAAAAAAAA