Incidências da estreia da RUC em relatos de rugby


A secção de rugby da Associação Académica de Coimbra venceu a Taça de
Portugal. Num jogo lindo tanto dentro como fora do relvado. Voltei a sentir
o orgulho que tinha sentido com o futebol nas Caldas quando escrevi que
tinha sido bonita, muito bonita a festa, emocionante, galvanizante (ver aqui

https://aomegafone.blogspot.pt/2018/04/caldas-aac-taca-portugal-30-12-2017-sei.html).
E neste sábado em Setúbal voltou a ser bonita. A chegada de famílias
inteiras de preto vestidas com o necessário para piqueniques, cheirava a
Jamor, lembrava o 20 de Maio de 6 anos antes. No final o mesmo desfecho e a
Taça veio, por via de uma secção da AAC, para Coimbra.
Entretanto o Relatos RUC achara que deveria fazer o relato do jogo. O mais
convicto foi o Manu e a todos contagiou. Depois de decidido que se ia fazer
a equipa foi constituída. Ao Emanuel juntaram-se o Bruno, o Tomás e eu. Em
estúdio o Ricardo e o João. Um desafio relatar um jogo de rugby. Não
dominamos o jogo, sua essência, suas regras. Então surgiu a capacidade
empreendedora do Tomás que teve umas explicações intensivas. Pelo menos
para chamar as coisas do jogo pelo nome correto e para poder mandar uns
bitaites sem destoar. O Bruno relata qualquer coisa com emoção, até um jogo
de xadrez se necessário. O Emanuel conseguiu que o Picão arranjasse um
comentador para dar qualidade. E deu, ó se deu. Ter na cabine de imprensa
um jogador, o Guilherme Prata Ribeiro foi muito bom. Para já pela clareza
com que descrevia o que se passava. Sentíamos, os relatadores, que lhe
devíamos passar o micro que ele colocaria a emoção do jogo onde quer que
nos ouvissem. O lance do segundo ensaio da Académica foi espetacular. No
campo pela qualidade da ação técnica do jogador, na bancada pela loucura do
apoio dos adeptos, na cabine de imprensa pelo festejo do comentador
jogador. O Guilherme saltou, “invadiu” o espaço dos comentadores da TVI,
abriu a sua grande amplitude de braços e festejou. Se tivesse auscultadores
teria arrastado o material, eheheh, mas foi um momento de pura felicidade.
Para ele e para nós. A RUC é conhecida pela sua assumida parcialidade.
Afinal somos da Académica e somos adeptos a contar via rádio a outros
adeptos o que acontece em campo. Infelizmente aquele momento foi visual e
não sonoro, aquele festejo sincero, apaixonado e espontâneo ainda me
provoca arrepios ao escrever este texto. Obrigado por ele Gui, foi mais um
momento grande para mais tarde recordar.
Entretanto no campo os pretos construíam uma vitória, na bancada muitos e
muitos  apoiavam os nossos e faziam a festa, na cabine nós os 4 relatávamos
pelos nossos próprios telemóveis dado que não havia linha RDIS. E no final
fiquei a guardar o material dado que todos os outros invadiram o campo para
festejar. E como se festejou no relvado.
Obrigado à AAC Rugby por ter proporcionado esta tarde de emoções. Obrigado
ao Manu por ter insistido para relatarmos o evento. Obrigado a tantos
amigos e conhecidos que na bancada elevaram o nome da AAC, do rugby e de
Coimbra.
E obrigado ao Guilherme pela competência e felicidade irradiada, foi
contagiosa!
Viva a Académica!!!

Rui Rodrigues
Coimbra
 

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 (Foto gentilmente cedida por : Fernando Nanã Soares)