Editorial 02-02-2019

 

Espalhafatos

O país da geringonça transformou-se num autêntico lamaçal. Já ninguém se entende, salvo o governo do ministro Mário Centeno, o saca-impostos, e do seu adjunto António Costa, o ministro da propaganda, sempre prontos a baralhar os acontecimentos.

Costa e Centeno, ou melhor, Centena e costa têm-se “entendido” bem com os professores, rebaixando-os até mais não poderem. Todavia, como diz o povo, o mal que fizeres cair-te-á em dobro. E está a cair. Não provocado pelos professores, mas sim pelos enfermeiros que têm feito de Costa e da sua ministra da saúde “gatos-sapatos”.

Costa, raivoso, xenófobo e racista, ditador, classificou esta sexta-feira as greves cirúrgicas dos enfermeiros como “selvagens” e “absolutamente ilegais”, prometendo usar todos os meios ao alcance do governo para travar as ilegalidades nas paralisações. Costa já ajoelhou. Mais um toque e cai, redondo que nem um tordo.

Parecido com Costa só o Mamadou Ba, o bosta, que insulta a polícia e depois lhe vai pedir protecção. É assim: arrogantes no falar, borrados quando alguém os enfrenta.

Jerónimo de Sousa também anda metido em alhadas por causa do genro e de outros camaradas que, afinal, não são melhores que os outros. Não, não há políticos puros. Todavia, como não há regra sem excepção, talvez Jerónimo, que é doutra geração, o seja.

A CGD continua na berlinda. Mais uma “inspecção2 feita à medida de um governo que não quer mostrar a verdade aos portugueses, a verdade que mostraria uma cambada de “mafiosos” que enriqueceram os amigos, e se enriqueceram, sem qualquer tipo de poder, concedendo empréstimos a esmo que sabiam não seriam pagos. Entretanto, a AR vai mandar fazer outra, não se sabe bem para quê, uma vez que só vai fazer perder tempo e dinheiro – as auditorias a pedido só trazem despesas – e, mais que isso, fazer perigar julgamentos em tempo oportuno, pois a maioria vai “safar-se” por prescrição dos possíveis rimes cometidos. É a política no seu melhor.

Ao invés, premente é o Banco de Portugal pedir à magistratura, ou à PJ, que investiguem, à semelhança do que se fez na CGD, as operações de cariz malévolo e “criminoso” que foram feitas a favor de amigos de Vara, Ferreira e Sócrates, principalmente no BCP e BPN, que destruíram os bancos e as economias dos pequenos accionistas.

Proença de Carvalho começou a ser investigado. O ministério público terá as suas razões. Não nos esqueçamos, contudo, que Proença de Carvalho é, talvez, a pessoa mais poderosa do nosso país. No seu escritório deve haver “segredos” capazes de “afundar” meia Lisboa e arredores.

O metrobus de Coimbra vai “nascer”. Disse-o um ministro que é um poço de verdades. Lá para 2050, acredita-se, quando já toda a gente não usar tal transporte. Coimbra não merece tal tratamento. Não se assaque a culpa a quem quer que seja da política. Que os “refilões” ponham a mão na consciência e, antes de criticarem, expliquem em quem votaram.

A vida, diz um amigo meu, é como um corno: quanto mais cresce mais entorta.

ZEQUE