Editorial 05-05-2018

Borrasca à vista?

O partido sacripanta treme, Costa sacode e engole, Ti Celito repete vezes sem fim as dezenas de frases feitas gastas e regastas, e o país assombrado e acanhado, medrica-se num terramoto que por ora anda a rondar. E tudo porque um tal de César, logo seguido pelo aldrabão-mor do reino, de apelido Galamba, ou semelhante, resolveram abrir a boca e bolçar conveniência e inconveniências a respeito de uns tais Sócrates e Pinho, gentes exemplares, da máxima credibilidade e probidade – palavras com significados e entendimentos ao sabor de quem as profere – presentemente “almas negras”, ou “vermelhas” da trupe.

Está dito e redito; gravado, também; e de meninos-bonitos, os dois passaram a patinhos muito feios, prontos a assar nas fogueiras partidárias. De Costa, que foi comparsa de Sócrates, apenas uma defesa ténue, saloia, de quem teme, ou sabe, poder ser engolido  pelas ondas que emergem para o engolir.

Posta de lado a construção da autoestrada – um balúrdio! – que ficava mais barata que uns acrescentos do “metro” em Lisboa, que, apesar de desnecessários vão ser construídos, o ministro das obras prometidas e por fazer, apresentou recentemente em Tábua, aos edis, na maioria camaradas, da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, o projecto para a duplicação da via – a ver por um canudo – na ligação entre Coimbra e Viseu. A realizar entre três e quatro anos, ou dito de outra maneira, que estará pronta lá para as calendas gregas. Já a ligação “indispensável do IP3 à A13 vai ser decidida “a seu tempo”, isto é, à noitinha do dia de S. Nunca, isto +e, depois da nova invasão dos moiros.

Prometidos há quase um ano (2 de Junho de 2017), os “metrobus” que ligarão Coimbra à Lousã, verão os concursos para começarem as corridas lá para o início do próximo ano.

No próximo ano, haverá as eleições. E o governo mentiroso de Costa & c.ª alimentada promete tudo, “tudo e mais umas botas” para continuar a desgraçar o país, cujo povo, abúlico e madraço, faz lembrar a fábula dos dois burros de Fedro: “Mudar de dono para quê, se a albarda é a mesma”…

As ajudas de custo para os deputados são de se lhes tirar o chapéu; um acrescentozinho gritante. tão indecente quanto o subsídio de almoço para quem manja no bar da AR, do bom e do melhor, pela indecente quantia de três euros, números redondos.

Se assustei alguém, foi só a fingi: Pinho e Sócrates foram a melhor coisa que poderia ter acontecido ao PS: a sujidade do exercício já começa a correr para o ralo; e bem engravatadinhos, os ministros - e os que o foram – apoiados pela comunicação social engajada, apresentar-se-ão ao povo como os grandes salvadores da pátria, pedindo e batendo palmas a Sócrates, no fundo a razão de ser, passe a repetição, o que são: gente sem um pingo de vergonha.

Esqueci-me de Machado. Fica para a semana.

ZEQUE