Editorial 07-09-2019

 

O circo no seu melhor

As companhias de circo por aí andam de tenda montada, saltitando de aqui para ali, de ali para acolá, e de acolá para onde for mais preciso.

As eleições estão aí a menos de um mês e é preciso vender o peixe, que a carne, além de desaconselhável, ainda se pode ir comendo, caro, contudo, como burro.

O PS dá como cera a sua vitória. Nada que admire: a máquina propagandística está de tal maneira que é impossível resistir-lhe: tanto a do governo como a do partido com o dinheiro do governo aí estão para as curvas. Há dias, por mero acaso, abri televisão: na RTP 1 estava Costa; na 3 estava um ministro,  e noutra, que nem cuidei de ver pois fechei-a de imediato lá estava outro ministro. É a imprensa domesticada a fazer o jeito aos “donos”.

Rui Rio lá vai tentando levar a água ao seu moinho. Apesar de boicotado pelos “amigos” lisboetas que, como Santana – há quem lhe chame sacana – saíram do partido para criar novos partidos, tem de arrostar com a posição de alguns que ficaram e pensam mais no umbigo que não resto.

O PC tem a festa do Avante. É propaganda que baste, mas não descura fazer mais alguma. O dinheiro herdado da “reforma agrária” dá para tudo e mais umas botas como se dizia na minha aldeia.

Cristas, além de inteligente é uma mulher bonita. Num vasto campo de recrutamento, tem apenas ligeiras possibilidades: as pessoas não se afirmam, votando não de acordo com as suas ideologias, mas sim em quem pode “defender-lhes” os interesses. E não é só o patronato  os “amigos de Sócrates” que estão com o PS e até o BE.

E por falar nestes, reparo em Catarina, a artista de voz bem colocada,  a ”definir” o seu partido como social-democrata, com ar cada vez mais “aporcalhado” – talvez só desleixado – a poupar água, pois “temos barragens a mais, as barragens provocam evaporações, portanto estamos sempre a perder água e isto é um problema muito complicado…” . Os bubus batem-lhe palmas.

Ah! E o líder do PAN – ainda, que asco, não consegui decorar o nome – a elevar os animais ao estatuto de [quase] humanos, ou, pelo menos dos que estão em coma, a uma condição inferior à dos animais; ou pérola das pérolas, a exigir para os índios da Amazónia um estatuto semelhante aos soa animais selvagens…

No meio disto tudo, lembrei-me dos vendedores da “banha da cobra”, que curava tudo, a fazer a sua propaganda. Espero, um dia destes, ver Costa em frente da Igreja de S. Tiago em cima de um banco a vomitar os argumentos da sua “banha da cobra”, com Machado, o comprador aliciado, a fazer a primeira aquisição, e a mostrar uma foto de Marcelo com uma caixa da pomada na mão.

Siga a festa!

ZEQUE