Editorial 08-12-2018

 Que mais virá?

Recomeço como há uma semana: Paris está a arder. Os confrontos regressaram hoje de manhã às ruas de Paris, com a polícia a disparar gás lacrimogéneo contra dezenas de “coletes amarelos” que estavam concentrados na Avenida dos Campos Elísios e numa das ruas adjacentes. Além dos confrontos, houve estabelecimentos assaltados e viaturas incendiadas. Indescritível.

Por cá, por este [ainda] país à beira-mar plantado, as notícias principais centram-se na justiça que não há e nas greves que continuam a nascer e a renascer.

Parece que António Costa, um “amor” de pessoa, que não necessita de “selfies” para ser o maior do rectângulo, sempre sabia alguma - ou muita – coisa sobre Tancos. Forçado, “voluntariou-se” para depor no caso do roubo (?) das armas. Vai fazê-lo por escrito, não vá o diabo tecê-las; sim, porque parece que o “chifrudo” já ronda por aí.

A PJ ameaça começar o ano com uma greve, e continuar até que satisfaçam as pretensões do pessoal (investigação, apoio, suporte e segurança). Se até a justiça já estava sonolenta, agora é que vão ser elas. Por isso, Vara e Sócrates e os “outros” que com eles mantinham ou não “afinidades” esfregam as mãos de contentes: mais uns tempos fora das casotas que teimam em lhes “negar”..

Afinal, parece que a lei das rendas eléctricas foi feita pela EDP: o governo de Sócrates com ênfase em Manuel Pinho e num seu assessor estão estão de novo na corda bamba, mas bons equilibristas, continuam intocáveis.

As greves na Saúde e o  desprezo pela educação, que fervilha, arruínam o país: milhares de operações foram adiadas com perigo para os doentes; ratos, chuva e frio são presentes do ministro a escolas da zona Centro do país. Parece que este país, o nosso, foi capturado por bandos de Al Capones; e, por vezes, o que parece é. Começam a escassear os machos ibéricos.

Em Cascais há uma praça Marechal Carmona; lembrei-me que em Coimbra também um bairro com este nome.

Coimbra sempre na baila. Pela negativa. A ideia peregrina e aldrabona de pôr o “metrobus” a funcionar não cola. É apenas uma artimanha, mais uma, para justificar o encerramento da estação nova, a A. Mas Costa prometeu e Machado riu e bateu palmas.

De bom: o aproveitamento da praça Velha e do largo do Terreiro da Erva – onde parece traficar-se muita “erva” – para atrair pessoas que podem dar outro colorido, e negócios, à Baixa. Por isto, palmas para Machado.

Paris está a arder: mais de mil detidos, centenas de feridos, parte da cidade destruída. Na Bélgica os “coletes amarelos” também já estão na rua.

A Europa começa a entregar-se aos árabes. De mão beijada.

ZEQUE