Editorial 10-02-2018

 

INCOMPREENSÍVEL

 

No Ponney já se escreveu há dias sobre isto, mas convém relembrar: a Universidade de Coimbra – eu preferia que se lhe chamasse Universidade de Portugal, que o é, com assento em Coimbra – é a primeira instituição portuguesa do ensino superior a ser galardoada e a integrar o prestigioso grupo dos detentores de cinco estrelas no QS World University Ranking.  Esta distinção sobremaneira prestigiante, que está a criar muitas invejas, distingue as áreas de investigação, inovação, internacionalização, ensino, empregabilidade, instalações e inclusão, em que, desde a sua fundação, e em continuação dos “Estudos Gerais” – o seu primeiro nome – se mostram cada vez mais exemplares. E mais seria ainda se, obstaculizadas por razão de invejas e politiquices, fossem abertas rodovias que, de todos os pontos do país – bastava até da zona centro e limítrofes – facilitassem o acesso à Lusa Atenas aos centos de estudantes que dela gostavam de ser alunos, e, quem sabe, Professores.

Os entraves colocados ao crescimento das instituições de Coimbra são cada vez mais desenvergonhados, provocatórios até. Vejamos o caso dos HUC, o hospital mais bem apetrechado em profissionais da saúde, sejam médicos, enfermeiros ou técnicos. Pois bem, a Unidade de Queimados”, que recebe e trata tantos doentes quanto todas as outras e Portugal no seu conjunto, foi absolutamente discriminado no despacho governativo que implementa a resposta a situações de emergência nesta área até 2020. Mais: o governa considera Coimbra como a última prioridade a requalificação da unidade de Coimbra.

Esta situação que, salvo razões muito fortes do desconhecimento público é incompreensível, parece mostrar a jaez, ou a jactância, de um ministro da saúde invejoso e, sabe-se lá, pouco ou nada competente.

Não bastava já o epíteto infamante de “peste grisalha” dado por um deputado do PSD aos seniores reformados que passaram uma vida inteira a trabalhar para que ele pudesse comer da gamela que é a política, e aparece agora a geringonça – quando acabaremos nós com a ditadura? – a chumbar os projectos de lei e resolução de protecção de idos apresentados pelo CDS-PP e pelo PAN na Assembleia da República. Tal “chumbo” – e entenda-se chumbo também como veneno – não é mais que o cair da máscara de uma maioria acéfala e vingativa que só pensa na sua barriga empanturrada e não no social e juridicamente válido para proteger os seniores das “agressões” que sofrem a torto e a direito, até de onde menos se esperava. A geringonça é a máscara do estado social que diz defender.

Por Coimbra, avenida central e aeroporto internacional são processos quase encerrados. Para os metrobus já se estudam percursos; e, diz-se, a inauguração do aeroporto internacional está para breve, com um concurso interacional de aeromodelismo e  de “drones”.A rever.

Incompreensível a situação badalhoca a que deixaram chegar a “Fons Vitae” do claustro da Manga. Talvez o melhor postal elucidativo do que vai pela cidade machadiana.

ZEQUE