Editorial 15-09-2018

Só complicações

Há todo um mudo aos solavancos, incapaz de travar a hecatombe, passe o exagero, em que parece querer mergulhar.

A Europa, que se quis unir, baralha-se a cada dia, inquieta-se e desinquieta-se, regride quando julga avançar; é uma europa que subestima o presente não o equacionado tendo em vista o futuro: o Espaço, uma realidade cada vez mais próxima de nós, um desafio em que o hoje já é ontem e o amanhã o hoje; um futuro muito próximo assente no pressuposto de continuar a fazer a capacitação tecnológica para que as futuras gerações vejam no Espaço oportunidades de empregabilidade: às descobertas dos portugueses de antanho, poderão acontecer n descobertas de novos “territórios” a povoar.

Choca, por isso, a presunçosa decisão do Parlamento Europeu de que “A Hungria vai ser punida por ter decidido que não vai ser um país de migrantes”, como refere Viktor Órban, que acrescentou: - “Mas não deixarei de proteger a fronteira e de defender o povo húngaro”.

A Hungria tem todo o direito de resistir a opiniões e decisões canhestras, em que no caso, e pateticamente, se associaram alguns partidos portugueses.

Os processos judiciais não avançam: Sócrates e Vara riem descaradamente. Sabem que “têm o poder” na mão, tanto o político como o dos carcanhóis. Costa Ovo cobre o seu ex-chefe: um e outro têm conhecimentos recíprocos das “habilidades”: avançar com os processos poderá fazer tombar muita gente que ainda não apareceu nas parangonas da imprensa.

Travar, travar os processos deve ter sido a palavra de ordem. Outrossim, Marcelo não deverá gostar de ver mais nomes de amigos a bailar na primeira página dos jornais; já lhe basta Salgado, cada vez mais delatado.

E o que vai pelo MP?

Vai tudo prescrever, não duvidem.

No futebol é o caos. Aquilo que se sabe dos três clubes chamados grandes seria o suficiente para a FPF interromper os campeonatos até à conclusão do apuramento das verdades sobre a corrupção no futebol, que agora “incomoda” e admira muita gente, mas que há mais de meio século, pelo menos, tem distribuído campeonatos pelos “amigos”.

Todavia, a FPF e a Liga vão continuar a estar(-se) nas tintas para a situação. Compreende-se: parar o campeonato – ou fazer parar três equipas, ou apenas uma – poderia “sublevar” o país. E isso, nem ao Jesus, que já cá não estava, interessava.

Deixo-vos com a Coimbra dos meus amores nos seus desamores. Dos seis autobuses eléctricos que Costa “ofereceu” a Machado, afinal apenas vem um, não grátis mas a preço de amigo: um milhão de euros, sem comissões. Para manter a palavra do funcionamento dos carreiros do metro, Machado já encomendou umas dezenas de bicicletas a pedal com apoio eléctrico para os utentes cavalgarem entre Lousã e Coimbra e vice-versa. De uma penada, simpática, feliz e inteligente, Machado vai resolver o problema que há anos – já perdi a conta – inquieta cidade e os seus edis.

Do aeroporto, não escrevo: parece que Machado vai fazer calar toda a gente: à semelhança dos minibuses, já encomendou mini-aviões eléctricos e drones para o transporte de passageiros.

ZEQUE