Editorial 15-06-2019

Só confusões

Chegam-me zunzuns de que muita gente – bom sinal lerem-me – não gosta dos meus editoriais porque lhe “cheiram” a “direita”.

Engano, puro engano, pois a direita em Portugal é o PS – um partido de “famílias” – que, com a ajuda dos “bubus”, defende os que têm emprego e se esquece dos que trabalham. E é aqui que a porca torce o rabo!

Nas comemorações do 10 de Junho, tido por “dia da raça”, a que Camões daria outro nome, o “paraquedista” João Miguel Tavares, fugindo às frases empolgadas de exaltação que têm passado de locutor para locutor, ou de palrador para palrador, fez estremecer as estruturas ao, na sua fala pausada, pedir ao poder “algo em que possamos acreditar”.

Tenho por certo que muita gente terá ficado “incomodada”, mais a mais numa altura em que o povo, cada vez mais, se vai arrepiando com a corrupção que grassa avassaladoramente, já não só em Lisboa, mas, por extensão, na dita “província” dos pobres diabos que produzem para que a malandra Lisboa, dos empregos, coma e beba à tripa forra.

A grande questão, no momento, é a diferenciação entre o “nós” e o “eles”; “eles”, os punhos compridos e as mãos rápidas, com gente de todos os partidos – ou, pelo menos, dos principais partidos – a ser acusada de corrupção e outras manigâncias.

Sagaz – e nem precisa de ser inteligente! – Costa, não vá o diabo tecê-las, tomou novamente a dianteira: sabendo que os votos que segurarão o seu governo são os que moram do lado do funcionalismo público: além do benefício das 35 horas semanais de trabalho, perdão, de emprego, ofereceu-lhes mais um dia de férias, o do primeiro dia de aulas dos filhos – que giro, não é? – e, melhor ainda, promete aumentos nos vencimentos.

E os que trabalham? Com esses, que são menos que os outros e mais volúveis, não se importa o PS: que se amanhem! - deve dizer o mestre César  e os outros compadres para quem a vida corre como nunca correu-

Entretanto, o SNS definha a olhos vistos.

Por Coimbra, bem por Coimbra, o aforisma do “fica-te mundo cada vez pior”: das promessas de Machado nenhuma se cumpriu; e, ainda por cima, Coimbra perde o Centro de Aeronáutica para o Aeródromo de Viseu.

O PS, a direita portuguesa, está a destruir o país, e, acintosamente, COIMBRA.

ZEQUE