Editorial 15-12-2018

Escada abaixo

A Europa pode estar à beira de uma tragédia social. Em Paris, o muito frio afastou alguns coletes amarelos da manifestação de hoje; mesmo assim, houve prisões e zaragatas para “aquecer” os corpos. Na Holanda e na Bélgica, os “coletes”, depois de molhados, estão a secar.

Em Portugal, o quarto país mais pobre da Europa, afogado em dívidas internas e externas – basta um pequeno abalo para se afundar – o ministro da propaganda, Costa, continua a rir e a aldrabar o pagode: e Centeno, o primeiro ministro, continua a mostrar o sorriso alarve que o define, estando-se nas tintas para a miséria em que o povo está já a chafurdar. Catarina e Jerónimo continuam nas suas sete quintas: quanto pior para o povo, melhor para eles. O mau é se a castanha lhes estala na boca e têm de dar às de Vila Diogo.

Lisboa está na moda, e os “coletes amarelos” preparam-se para o verificar num sábado próximo. A data está marcada e a polícia preparada. O povo é sereno; não vai, de certeza, haver bordoada da grossa; o mesmo não se diz em relação a gamanços em lojas assaltadas mas isso é outra história, pois o seguro paga.

Vara continua livre e arejado: os juízes já dizem que têm de rever os processos para saber se prescreveram. Quem duvidava, que meta a viola no saco; quem já adivinhava que se revolte.

Amadeu Guerra, actual Director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal vai ser proposto para Procurador Distrital de Lisboa. Mais uma ajudinha a Sócrates e amigos? Honny Soit qui mal y pense!

Manuel Godinho, o sucateiro de Ovar, que, já lá vão uns anos, foi condenado a 15 anos de cadeia, continua por aí a passear-se. - e com ele os que “corrompeu” - é mais um exemplo da celeridade da nossa justiça.

Coimbra come e cala. Tem dos melhores do mundo em várias áreas da ciência; e, no entanto, com a complacência de todos, perdão, de quase todos, o governo de costa continua a menorizá-la: Susana Menezes, do município de S. João da Madeira – do município, vinque-se – foi nomeada directora regional da Cultura do Centro; e Margarida De Ornelas, vinda do Hospital de Entre Douro e Vouga, de Santa Maria da Feira, foi colocada à frente do IPO.

Está mesmo a ver a jogada, não está? Mas os “adormecidos” e “anestesiados” continuam inertes, de bico calado.

Braga continua a crescer e Coimbra a decrescer: o M.M de cá, “vendeu-se” ao M. M. de lá.

Do “metrobus”, que começou metropolitano, já não falo.Pelo menos enquanto não prenderem ninguém!

Povo de Coimbra, abri os olhos!

ZEQUE