Editorial 17-02-2018

 

Pasme-se

Toda a gente ainda deve ter na memória o “susto” que a pandemia, que não houve, causou por antecipação. Foi um daquelas atoardas lançadas por fontes governamentais para enganar o povo, e, no caso, proporcionar excelentes negócios. Como diz o povo, Sócrates “sabia-a toda”, pelo que, a perigosa balela infeciosa das mentes desprevenidas ecoou pr todo o sítio, “possibilitando” a compra exagerada do medicamento usado para combater a gripe A, ou gripe das aves, o Tamiflu.

Como, felizmente, as más badalações premonitórias de Sócrates e excrescências deram em águas de bacalhau, sobraram vacinas e mais vacinas, cujo prazo de validade, prorrogado já por oito anos, expirou.

Adquiridas em 2005, por razões de segurança, vão agora ser queimadas. E lá se vão, a preço de custo, 22,5 milhões de euros, que muito jeito faziam a Coimbra para remodelar a escola secundária José Falcão – Liceu Normal D. João II no meu tempo – a Sé Velha, a Sé Nova, e outros edifícios e monumentos que por aí estão a cair aos bocados, sem que isso incomode minimamente os amigos geringoncianos de um Machado cada vez mais afrontado, se não gozado, por Costa & companhia aparvalhada.

Se a inveja fosse tinha, muito povo era careca, Afrontada pelos socialistas e outros autointitulados “de esquerda”, às cinco estrelas a que me referi na semana passada, a Universidade de Coimbra continua a colecionar prémios internacionais de investigação: um projecto para estudar o modo como a mitocrôndia regula a resposta do corpoa stresses fisiológicos, como dieta e exercício físico, desenvolvido na Universidade de Coimbra, venceu o concurso Healthcare 2020 da fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD); e no CHUC investiga-se intensamente a prevenção das doenças cardíacas, porque em termos de diagnóstico e terapêutica da doença cardíaca, Coimbra já está no topo.

Noutro tom, a Universidade de Coimbra lançou a plataforma i4@0@UC, criada no âmbito de um protocolo entre o Instituto de Investigação Interdisciplinar e o Ministério de Economia. Soubesse a edilidade acompanhar o ritmo da Casa da sapiência, e Costa não gozaria com o pagode, dividindo as “benesses” entre Lisboa e Porto, olvidando deliberadamente Coimbra, inclusive no domínio da saúde em que a Lusa Atenas é líder, se não europeia pelo menos ibérica.

Rita Dias, nada, criada e licenciada em Coimbra, mas ausente da cidade por motivos profissionais, é uma das concorrentes ao Festival da Canção. Desejamos-lhe sorte.

Morreu o Cónego José Bento vieira, sacerdote e homem de cultura. Requiescat In Pace.

A Baixa também vai morrendo aos pouquitos.

ZEQUE