Editorial 17-03-2018
A vida tem destas coisas
Faz hoje quinze dias que uma queda estúpida – todas as quedas são estúpidas – me atirou para uma mesa cirúrgica de um bloco de ortopedia.
Não passou mas passou, e a vida tem de seguir, e o Ponney também.
Acamado, tomo os primeiros contactos com o exterior, telefónicos uns, visuais outros (TVs). E tudo continua na mesma, como a lesma, nesta cidade de gente, principalmente edis, copinhos de leite sem capacidade para arregaçarem as mangas.
Aveiro vai ‘ganhar’ a recuperação da linha do Vouga, enquanto o metro da Lousã apodrece cada vez mais, numa altura em que os presidentes dos municípios são todos geringonçanos.
A Baixa continua a degradar-se: pode ser que, com o ‘metro-bus’, o povo saia à rua e venha ver passar os comboios sob os arcos da avenida central – quase Braga Parques – e volte a melhorar o comércio.
No mesmo dia, morreram duas das mais referentes vozes da Canção de Coimbra, Camacho Vieira e Sutil Roque. Paz à Sua Alma.
O Café de Santa Cruz e os seus crúzios ganharam o prémio ‘Portugal Cinco Estrelas’. Parabéns, é o mínimo que posso dizer.
Pelo país, bem, nem vale a pena falar: Costa ao ‘tive’, acrescentou-lhe o ‘tou’ e o ‘tamos’, um exemplo para os miúdos das escolas.
Marcelo continua a mergulhar em águas frias, e condecora – não me pronuncio se bem se mal – a Comunidade Islâmica com a Ordem da Liberdade.
No mundo, Rússia e Grã-Bretanha agitam as águas, aquecendo-as.
De temer.
ZEQUE