Editorial 17-07-2021

De mal a pior

Segundo consta, e até se indicam datas, o actual ministro da educação, a quem os professores tratam por Tiaguinho, saiu-se com esta bombástica tirada: “O Benfica está acima da lei. Não podemos tratar todos os clubes de igual forma”. Quereria ele dizer – penso eu de que… como diz o outro lá do norte – que o presidente das águias, pairando lá no alto, podia bicar a seu bel-prazer quem e como ao seu presidente melhor conviesse.

Mais convencido fiquei de que isso é verdade quando, há uns tempos não muito distantes, vi nas TVs e li nos jornais que Costa, ministro da propaganda de um país imaginário já que o real está mais que afundado num enorme lamaçal, lhe foi prestar vassalagem, manifestando-lhe o seu apoio para novo mandato no seu Benfica.

Bem vistas as coisas, Costa ofereceu, de mão beijada, o lugar de terceira figura de estado a Vieira, depois de Marcelo e Ferro.

Quem não esteve com meias medidas foi o MP, que pediu ao juiz para o “engaiolar” de porta aberta mediante a apresentação de uma garantia de uns milhões.

Está tudo feito. Nem ele nem quem, na banca, lhe emprestou a massa vai sofrer seja lá o que for. É que – uso a partícula de realce para isso mesmo – há muita gente envolvida numa “geringonça” diferente, com outra constituição, mas, também, aterradora na produção de falcatruas.

Depois da banhada que o Tribunal constitucional lhe deu, Ti Celito , o passeador – ou ventoinha como já lhe chamam –, lá foi até Angola para debitar meia dúzia de não sei quês, e de lá mandou uns recaditos, esforço inglório porque quem os devia receber estava lá com ele, borrifando-se.

Costa quer fazer de Marcelo o que Salazar fazia dos presidentes: figuras decorativas. Irá Marcelo aceitar? Duvido. Mas é triste ver-se Marcelo a engolir as iscas que Costa lhe lança.

O Algarve está em maré de azar: depois da brutal progressão da Covid, os incêndios. É azar a mais.

Lá por fora, farto de tanta miséria, o povo cubano revolta-se. Não me consta que qualquer partido político português o tenha apoiado, tal como se fez com a Venezuela e outros em que a fome e o desemprego crescem desenfreadamente.

Fortes tempestades fustigaram a Alemanha e a Bélgica, destruindo casas, ruas e pontes e tirando a vida a centenas de pessoas. Uma desgraça, que talvez venha a alterar toda a economia da união europeia e a redistribuição da “bazuca”, uma facada nas esperanças de Costa.

Coimbra está em alta: não há dinheiro para consertar ruas e passeios, mas há para gastar em iluminação, aquela “iluminação” que deixa os pasmaceiros boquiabertos.

Contudo, tenhamos fé: metrobus em 2026 e aeroporto em 2060.

A ver vão – ou não – os que por cá estiverem!...

Imagens: TVI e net

 

ZEQUE