Editorial 18-08-2018

O Mundo, o Homem,o Drama

Há dias´, inopinadamente, fiquei sozinho por momentos, a tomar café num Bar de uma Grande Superfície; no meio daquele ruído, o que tem algo de paradoxal, entrei em estado de ataraxia!. Não sei se por ter sido professor, pouco reticente, da nossa História Universal, a minha mente regressiva, começou a evocar os tempos passados as condições do trabalhos do Homem; levou-me até aos engenhos do açúcar, às plantações da Virgínia e outras atividades massivas de trabalho escravo, pelo qual  este tinha provida, em condições desumanizadas, a subsistência mínima para poder produzir para o Senhor. 
Da produção agraria de Senhores e escravos, passou-se à produção industrial com Patrões e operários, mantendo-se desigual condição o acesso aos bens produzidos.
Embora haja, desde sempre, a consciência das injustiças destas sociedades erradas, há formas soft da escravatura tradicional, apesar de ser substituída por uma outra sociedade em que, eticamente, nada mudou, na medida em que hoje se persiste em manter uma Economia de Empresários e empregados ,com desigual estatuto social no que concerne à Economia e Ética
A acumulação de bens por poucos, inversamente, à sua carência dos que a produzem, persiste,mas este fonómeno social um dia terminará,por força da erradicação desta Educação que reproduz e perpetua tal sociedade.
A nova Educação maternal, tal como a daquelas aves do céu, porque a Natureza providencia, não semeiam nem colhem; que ensinam os seus filhos a sobreviver, sem necessidade de incluírem na cadeia alimentar os indivíduos da sua espécie, ao contrário a espécie da humana; esta atingirá esse estádio social , no futuro, em que a “machina providebit” para substituir a Natureza desgastada e irrecuperável 
Já despontam as consciência de que o Mundo com os produtos dos avanços tecnológicos acessíveis a todos, não se justifica a existência a Economia do Patronato. fazedora de empregos de subsistência, não equitativa, para ambas as partes.
Mas, cauté! que a nova sociedade gerida por um único Bigbrother, pode escravizar toda a Humanidade e só uma catástrofe universal o poderá destruir; mas, se o Homem se salvar, vai começar tudo pela a Economia agrária e a História repetir-se-á!
No momento em que a minha mente estava ausente, o empregado de mesa tocou-me, delicadamente, no braço, a pedir que liquidasse a despesa que tinha acabado o turno e tinha de ir com a mulher fazerem outro turno de 8 horas, para suplemento do salário mínimo, uma novel criação da Economia!
Edgard Panão