Editorial 19-01-2019

 

Incha, incha…

Costa e sua rapaziada percorrem o país falando, falando e prometendo arcos da velha e outras figurações que sabem nunca cumprirão, uma espécie do gatuno que pediu clemência ao rei pois andava a ensinar um burro a falar. Inquirido por um amigo sobre como poderia cumprir a promessa, o vigarista respondeu: num ano, ou morro eu, ou morre o rei, ou morre o burro.

Costa deve pensar o mesmo. Com o PSD, que todos acreditavam a esfrangalhar-se, dá-se conta de que assim não é, e que Rui Rio, que nunca perdeu eleições em que tenha entrado, está ali para durar, como as pilhas, enquanto as de Costa estão a gastar-se, e a desgastar-se rapidamente: dois pequenos empurrões e lá vai ele escada abaixo. É que toda a gente percebeu que o seu palavreado é conjunto sequencial de falsas verdades, parara lhe não chamar sofismas. O que lhe ficava bem era saldar as dívidas dos ministérios da saúde, da justiça, da educação e de outros menos conhecidos, e proceder à construção e recuperação de edifícios que estão a cair aos bocados. Mas não; as promessas dão mais votos, e os palonços ainda vão na cantiga.

Costa fala de cátedra, incha, incha; já não cabe no fato de primeiro-ministro; pensa já em ser rei da europa. Costa incha. Já não cabe nos fatos.

Orgulhoso no seu papel de ajudante de campo de Costa, Pedro Marques “apaixonou-se” pela região centro. Deu ao Porto e a Lisboa, o “aumento” das extensões do metropolitano; a Coimbra negou e continua a negar. De repente, ele que sempre menorizou a Lusa Atenas, que tem tentado transformar na Lusa das Penas, parece estar a querer dar um golpe de asa, mandando para a cidade aqueles carrinhos eléctricos que deleitarão as criancinhas mas não darão jeito nenhum aos adultos que precisam de uma linha de metro a sério entre Coimbra e Lousã, que poderia ser acrescida até Soure e Mira.

A coisa promete. Vêm aí os carrinhos – virão? – mas ainda não têm caminhos por onde rolar.

Apesar de tudo – para maior enxovalho a Coimbra – ainda vamos ver o sacripanta a ser cabeça de lista de Coimbra pelo PS.

Para não falar em MM – não é o tipo da extrema direita que tanta celeuma levantou na TVI – volto a Costa. Então não é que, para se mostrar “integrado” no povo, vendeu uma moradia de luxo em Sintra para comprar uma cave el Lisboa com 74 metros quadrados? De rico para pobretão?

Foi assim que começou Sócrates, de que Costa foi número dois, com “negócios” imobiliários. Espero que não, mas ainda o podemos ver de morrer de elefantíase.

Um conselho: é melhor começar a fazer dieta.

ZEQUE