Editorial 26-05-2018

 

TURISMO, uma fonte a explorar

 

Que o velho Ponney, feliz,

Rei do riso e da chalaça,

Conta sempre a mesma idade,

Por muitos anos que faça.

 

Tal como, à boa maneira socialista, uns dizem que a cidade cresce, outros, da oposição e independentes, dizem que mingua apressadamente.

De igual modo, entre o Ponney e o Diário de Coimbra sempre houve uma salutar disputa – séria, para eles; e brincalhona, para nós – sobre qual dos dois era o mais antigo.

Não me lembrando da fundação nem de um nem de outro, falo muito de ouvido em relação ao nosso jornal, enquanto o DC tem as coisinhas todas anotadas.

Ora, o DC fez 88 anos no passado dia 24, comemorando a data com a publicação de um caderno/ suplemento de excelente nível e oportunidade subordinado ao título “Património e Gastronomia”.

Ainda que sendo eu de poucos gabos – prefiro “res non verba” – não poderia deixar passar em branco o acontecimento, já que estando o turismo na “moda” e como uma das principais fontes de rendimento do país, que finalmente acordou para o “fenómeno”, os textos dão-nos conta não só do muito que está já em exploração, mas também do muito mais que se abre à exploração. Na verdade, Património e Gastronomia, se conjugados, são o binómio perfeito para atrair turistas, externos e internos, a esta excelente região que é a Zona Centro do país, ostracizada – antagonizada até! – pelos poderes centrais.

Com este suplemento, consegue o Diário de Coimbra abrir muitos “apetites” e divulgar segredos escondidos ou talvez escamoteados. Saibamos nós, os que amamos Coimbra e a zona de que devia já ter sido nomeada capital, corresponder ao repto de divulgar com amor o que tão bem está explicitado.

Em contrapartida ao fecho de muitos estabelecimentos que se processa nas ruinas da Baixa, um vai reabrir na Rua da Sofia. A luta dos amigos da Baixa com “sede” no café Sofia estão de parabéns; não podem, contudo, adormecer. E mais: é preciso tirar Machado do gabinete e pô-lo na “rua” a ouvir das boas.

A Universidade, ou melhor, as suas Faculdades, continua em grande, sempre em crescendo, a dar lições científicas ao país e a mundo; e os Politécnicos começam a percorrer os mesmos caminhos.

Da Académica não falo: espero, apenas, que saiba acompanhar o ritmo de valorização da cidade que a “gerou”.

ZEQUE