Editorial 26-09-2020

República das bananas?

 

Centeno, o tal das contas certas que nunca o foram, lá na sua cadeira de oiro, deve estar a rir-se da rasteira que pregou a Costa e Marcelo com a sua “gestão exemplar” tão “elogiada” na Europa, mas que deixou o país numa situação de lamaçal. E, no entanto, o actual ministro das Finanças, para marcar posição na geringonça, disse recentemente que o aumento do salário mínimo nacional deve ter expressão significativa, sem, no entanto, referir valores.

Rui Rio discordou e disse porquê: as coisas não estão para aventuras e, menos ainda, para aventureiros.

Estas duas atitudes mereciam resposta, e tiveram-na do Costa do sorriso fácil, patético por vezes, sem quê nem porquê por outras.

O país afunda-se cada vez mais, por culpa de Centeno, que o deixou já no lodo, repita-se, mas e também por culpa da pandemia do Covid que estragou todas as contas ao governo, quase destruindo o que de bom ainda tinha a economia. E, mesmo assim, Costa riu.

Costa ri com facilidade, por tudo e por nada, quer dizendo “zero” quer dizendo meias-verdades ou inverdades; repete-se continuamente, usa o mesmo vocabulário limitado e canhestro qualquer que seja o assunto, quer fale de feijões, de alhos ou bugalhos. Chuta sempre para o ar, gagueja. Come sílabas das palavras, sibila idiotices sempre emproado e prazenteiro. É a nova cassete.

Costa é assim e não há nada a fazer, mais a mais tendo o apoio do cavaleiro da triste figura que lhe serve de guarda-chuva e porta-voz, que se exulta mesmo quando morre cada vez mais gente e o país está prestes a sair de uma situação de contingência para entrar numa da emergência que pode catapultar o país para uma situação de desgraça ímpar que nem as “ajudas” multimilionárias de europa conseguirão estancar.

O Novo Banco vai ter mais uma comissão de inquérito, de iniciativa da AR. Sabendo-se que os inquéritos são dão aquilo que se “quer” que dêem”, esta tomada de posição só vai protelar o assunto e permitir que mais “alguém” se safe vendo os processos prescreverem…

Em Coimbra fala-se no carro do presidente que parece ter custado um balúrdio… mas não se fala na Estação Velha que viu fugir a importância para Aveiro, nem das obras paradas.

Pelo país, fala-se no General da messe dos oficiais que foi condenado a uns anitos de prisão que, cheira-me, não vai cumprir; e, “honrando a justiça à portuguesa”, vítimas de um ladrão, que lhes assaltava o estabelecimento, estão a contas com um juiz, ou juíza, que os quer meter na choldra e compensar o gatuno por não o terem deixado levar a massa

Lá por fora, ou cá dentro, Isabel dos Santos ri das justiças angolana e portuguesa: um sopro, e ambas se “afundam”. O dinheiro tenta.

Portugal república das bananas? Não, país de bananas.

(Imagem retirada da net)

 

ZEQUE