Editorial 27-10-2018

 Pobre Centro

Depois dos incêndios e da devastação que a passagem da Leslie provocou na região Centro, principalmente no distrito de Coimbra, uma nova catástrofe se adivinha: nada mais nada menos que a diminuição feroz da população. Sem ou com fracos meios de subsistência, a população tende a migrar para os grandes centros e, dada a inércia que se vive em Coimbra, há que rumar a Lisboa ou ao Porto, que o norte, apesar da economia pujante, ainda não é suficientemente apetecível.

Os IPs e ICs da zona Centro, que deveriam ligar Coimbra aos demais distritos da região e à vizinha Espanha, continuam ao abandono. Na berra, pela negativa, o IC8, com o presidente do município de Pombal a pedir migalhas em vez de exigir uma via como deve ser.

Reflexo da redução tarifários dos transportes públicos, o (des)governo deste país vai compensar Lisboa com 12,4 milhões de euros, o Porto com 23, 4 e Coimbra, talvez, com pouco mais de um milhão.

Corria o ano de 2013om Passos Coelho a governar o país sob o olhar feroz e atento da Troika, quando os polícias se manifestaram contra o governo pedindo melhores condições de vida. Na “luta” de polícias contra polícias, as coisas chegaram a azedar, com a conivência, ou sob a batuta se se preferir, de arménio Carlos e António Filipe. Na passada 5.ª feira, com maior força de razão, os polícias manifestaram-se de novo., mas, desta vez, não houve derrube de barreiras nem a presença de deputados nem do inefável Arménio. Como diz o ditado, “diz-me com quem andas”…

Não sei por que razão – talvez por desprezo a alguns dos visados, parece-me – não li ainda as “memórias” de Cavaco Silva, cujo 2.º volume veio agora a lume para “incendiar” mais umas consciências despeitadas. E os comentários, as mixordices, não foram favoráveis ao autor, antes pelo contrário, como se Cavaco não fosse livre de mostrar as suas opiniões.

Entendamo-nos: Cavaco Silva foi, apenas, o mais bem preparado Presidente da República que o país teve, o que, como é habitual neste país, lhe angariou inimigos e detractores na esquerda caviar e fandanga que ora se entretém a destruir o país.

O ódio – ou a inveja serôdia – a Cavaco não é de hoje, é-o desde há muito, um ódio jacobino que evoluiu para o patamar da inveja, uma invídia pela liberdade. Pela influência de Cavaco Silva, um Senhor.

Tivesse Marcelo metade da sua estatura e outro galo nos cantaria.

ZEQUE