Editorial 28-10-2017

Sanfonadas

Tantos são os temas em ebulição na vida política, que o mais difícil é escolher o tema. Na berra, para desviar a atenção de coisas mais importantes, está o caso do acórdão do Tribunal da Relação do Porto em que se invocou o Antigo Testamento e o Código Penal de 1886 para desvalorizar um crime grave de violência doméstica, que, dizem alguns entendidos, está ferido de inconstitucionalidade. Apesar de invocar o AT, o decisor não invocou Salomão nem o seu “Cântico dos Cânticos”, antes verbera a mulher adúltera, pervertida, que infamava o marido.

Este acórdão deu azo a que o grupo feminista viesse para a rua barafustar contra aqueles a que chama machistas, como se estes não tivessem o direito de existir, talqualmente como elas, as feministas. É, tal como na política: as “esquerdas” arrogam-se no direito de o “serem” e não aceitam que haja “direitas”. É a vida. No entanto, no acórdão uma coisa sobressai: chifrudo e amante uniram-se para malharem a mulher, esposa de um, amásia do outro. Também não será despiciendo referir que o acórdão foi redigido por um homem, o relator, e subscrito por uma mulher, indubitavelmente concordante. Haja paz.

O casamento de conveniência entre Marcelo e Costa já teve melhores dias: a última fornada de incêndios fez transbordar a paciência de Marcelo, incomodado com a frieza dos nervos de aço de Costa, um pedante que se julga acima de tudo e de todos, intocável. Só que, desta vez, os risinhos escarninhos atingiram-no fortemente.

Não se entende bem no que a “coisa” vai dar, não obstante as “falsas notícias” que os seus pares começaram a bolçar Aguarde-se.

Rui Rio começou a “espicaçar” Santana. Pouco tacto? Ninguém acredita nisso. Não se esqueça que Rio é um homem do norte e Santana do país.

O que leio de Sócrates deixa-me zonzo. Recordando a sua passagem por Coimbra, sempre duvidei da sua conduta. Nunca pensei, contudo, que pudesse ser tão degradante e trafulha. A forma como obtinha e gastou fortunas é arrepiante.  Noronha, Pinto e D. Cândida têm muitas culpas no cartório. Não serão também chamados à pedra?

Há demasiadas pessoas metidas no barulho para que alguém ferido; chamuscado, de certeza que há.

Pobre país!

ZEQUE