Editorial 14-04-2018

Perspectivas

Um país a saque. Uma reportagem de uma TV concluiu o que toda a gente julga saber, excepção feita a quem tinha obrigação de o conhecer: o pinhal de Leiria ardeu porque um “cartel”, em cambalacho ou não, quis que sucedesse. E à custa do povo, cada vez mais empobrecido, lá vão enriquecer muito rapidamente uns tantos ou quantos “felizardos”, sem que quem quer que seja, ninguém vai preso, ou, no mínimo, veja os bens arrestados e vendidos a favor dos proprietários lesados, seja, Estado e particulares.

A Polícia Judiciária desmontou um esquema entre um contabilista e um quadro do Fisco que, a troco de subornos, apagava dívidas de empresas.

Não sei - não consegui apurar – o que sucedeu ao “quadro”, que tinha maços de notas no gabinete, mas uma coisa é certa num país que levasse a honestidade a sério, já devia ter sido demitido compulsivamente, os bens vendidos a favor do Estado, e sem direito a qualquer tipo de reforma, salvo pelos anos em que, doravante, pudesse vir a trabalhar.

Mário Centeno é o “governo” deste país e Costa o seu papagaio. Centeno diz não, e toda a gente se cala. O caso da “ala” instalada para crianças com cancro nos corredores do hospital de Santo António, fria e porca, dá mostras sobejas da sua “sensibilidade. Construção de uma nova? Quando lhe apetecer. E a parolada, menos o Bloco, bate-lhe palmas. Sim, o BE, impante pela sua relevância, ainda não percebeu a sua insignificância.

Coimbra continua a sofrer com os deslizes mentais, sociais, culturais, de apreciação, de visão ou lá o que lhe queiram chamar – menos etílicos que isso é uma infâmia -  de Manuel Machado, o grande conselheiro de Costa. Um caso recente parece ser o da ligação do IP3 a Ceira dados os custos “insuportáveis”. Um gozo! Espero que almeida Henriques, o edil de Viseu, não deixe cair o assunto em saco roto.

Coimbra, que anda par aí a duplicar estátuas a gente que será esquecida menos de um lustro após a morte, deve honras a D. Sesnando, D. Afonso Henriques, D, Pedro (filho de D. João I), S. Teotónio, e outros. Há que cumpri-las, quanto mais depressa melhor.

E o metro? Cada vez tem menos centímetros…

Os funcionários públicos já não vão ser aumentados; e o aumento das pequenas reformas ´no segundo semestre é para já, uma mentira: aos números apontados, há que descontar a esmola do princípio do ano.

Costa já não sabe o que há-de dizer. Nos próximos “fogos” não quer estar prisioneiro dos “cartéis”. Acho muito bem, mas penso que com os quartéis também não poderá contar.

ZEQUE