De fato e gravata, mas com água até aos joelhos:
De fato e gravata, mas com água até aos joelhos. É assim que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, surge na capa da próxima edição da revista Time, que vai para as bancas a 24 de junho.
Na revista norte-americana, que esta semana se foca na crise climática, pode ler-se: “Oceanos que sobem, residentes que fogem, vilas que desaparecem, o nosso planeta que afunda”.
No canto inferior esquerdo da capa surge a legenda da imagem: “O secretário-geral da ONU, António Guterres, na costa de Tuvalu, um dos países mais vulneráveis. Enfrentando o risco de subida do nível do mar, várias ilhas estão a liderar o combate às alterações climáticas”.
O combate às alterações climáticas tem sido um dos estandartes do mandato de António Guterres desde que assumiu a liderança da ONU, há dois anos, que tem feito vários apelos à defesa de políticas que travem as mudanças ambientais.
Em Maio, Guterres visitou vários países do Pacífico Sul, como Tuvalu, Vanuatu e Fiji para promover a discussão sobre este tema.
Convenhamos: Guterres, desde que o conhecemos, tem sido sempre um “lírico” de palavras bonitas, ainda que de vocabulário reduzido, fantasiosas, mas, no tocante a obras, zero.
O mundo está numa encruzilhada: precisa de obras e não de conversa fiada.
Como ostentava D. Afonso Henriques no seu “estandarte”: RES NON VERBA!