Eleições brasileiras

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Muito se tem falado e escrito sobre as eleições presidenciais do Brasil.

Nos momentos difíceis, o povo, por vezes, é manipulado e nem sempre toma as melhores opções. Só assim se explica o bolchevismo na Rússia, o nazismo na Alemanha e podíamos dar inúmeros exemplos. No Brasil, a segunda volta vai ser disputada entre um porta voz de Lula e um defensor do regime militar que governou o país em ditadura. Haddad é um tipo cinzento, sem programa, conotado com um partido que se respira corrupão por todos os lados. Tinha de se demarcar de Lula e do PT e apresentar um programa próprio de recuperação económica e de medidas concretas na área da educação, da cultura e da segurança.Não conseguiu afastar-se de Lula, não tem programa e tudo indica que vai perder.

Bolsonaro não tem programa e limita-se a prometer o combate à criminalidade. Agora, faz um discurso mais moderado, mas sem conteúdo. Os brasileiros aterrorizados com a criminalidade e com a corrupção votam Bolsonaro. Por sua vez, os aterrorizados com o regresso à ditadura e os mais pobres votam Haddad. Os brasileiros vão decidir entre dois projectos, ou melhor, entre não projectos e extremistas. Na Europa e nos países desenvolvidos a opção teria sido entre os candidatos moderados e derrotacos que provavelmente asseguravam em melhores condições, aquilo que os brasileiros mais querem, a recuperação económica, a segurança, a paz, a estabilidade e o diálogo social e o melhoramento das condições educacionais e culturais.

A corrupção, no Brasil haverá sempre, com mais ou menos intensidade. Os brasileiros manipulados vão decidir os caminhos menos recomendados, mas só eles são soberanos nos caminhos a seguir. Desde que me conheço que o Brasil nunca pode estar bem por muito tempo. Desejo as maiores felicidades para os brasileiros, mas receio que ainda venham a viver momentos difíceis até que um dia apareça um novo Fernando Henriques Cardoso.

João Castilho