Mário Jardel lembra que foi "o melhor brasileiro da história do futebol português".

Mario-Jardel.jpg

O portal brasileiro Globoesporte publica, esta terça-feira, uma extensa entrevista com Mário Jardel, na qual o antigo goleador repassa a sua carreira, com especial enfoque nas passagens por FC Porto e Sporting.

No que ao que o conjunto azul e branco, que representou entre 1996 e 2000, diz respeito, o ex-avançado, atualmente com 45 anos, lembrou as dúvidas de que foi alvo e uma promessa feita a Jorge Nuno Pinto da Costa.

“As pessoas diziam: ‘O Jardel vai sair para a Europa e não vai fazer golos’. Fui artilheiro cinco anos [em Portugal]. Sou o melhor brasileiro da história do futebol português. Os brasileiros chegavam lá e diziam que iam ser artilheiros”, atirou.

“Eu dizia: ‘Beleza, no final das contas a gente vê’. Eu tinha contrato de objetivo com o FC Porto. Eu chegava ao pé do presidente e dizia: ‘Quero isto aqui, mas só se for campeão e artilheiro”. Só no último ano no FC Porto que eu não fui”, acrescentou.

Jardel virou, então, as atenções para Alvalade: “Chegava Donizete, chegava Valdir, e o pessoal dizia que ia ser artilheiro. Eu dizia: ‘No final a gente vê’. Tive a oportunidade de ir para a Turquia com o Taffarel. Falo com ele até hoje. Fui campeão da Recopa em Monaco. Voltei para o Sporting com o Cristiano Ronaldo, por dois anos, e até hoje o Sporting não ganhou mais títulos, depois de mim e do Cristiano Ronaldo”.

“Ele aprendeu muito comigo. Foram dois anos. A minha média na Europa era de 55, 60 golos por ano. Aqui no Brasil a média é de 25, 30. Eu fazia o dobro. E ganhava bem menos do que ganham hoje. Mas ele aprendeu muito. Tempo de bola... Se você tiver a oportunidade de perguntar ao Cristiano Ronaldo se ele se lembra do Jardel a cabecear nos treinos, ele vai dizer que sim. Se disser que não, vai estar a mentir”, rematou para meter golo. 

Imagem retirada da net