OS SMUGGLERS DOS REFUGIADOS

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Está mais que visto que a escravatura moderna é uma realidade cruel e bárbara. Custa entender como é que, e ainda, é possível encontrar quem ande às voltas com a outra, a antiga, quando a presente se espalha e amarrota o nosso tempo. A crise dos refugiados para a Europa está cravada de cenas de escravatura.

Os smugglers, ou seja, os contrabandistas de carne humana circulam sem controlo, sem uma investigação e sem um apertão que os atire para uma masmorra, por todo o tempo que lhes reste de vida. E os folcloristas dos Direitos Humanos andam preocupados com a escravatura do passado. Valha-vos Deus…Olhem a da vossa porta, hoje e agora, e deixem-se de palhaçadas.

E impressionante, é olhar os números que a OIM/Organização Internacional para as Migrações vem divulgando. A actividade criminosa ligada ao tráfico de pessoas facturou, em 2019, qualquer coisa como 35 biliões de dólares (mais do que o PIB de muitos Países). É a 3.a actividade mais rendosa do Mundo, a seguir à droga e às armas.

A UE gasta somas astronómicas. Já deve ascender a mais de 15 mil milhões, nos últimos 4 anos.

Tem vindo gente do Norte de África e do Oriente Médio, em catadupas. Em 2018, segundo dados da EU, os principais beneficiários do processo de acolhimento que vigora no espaço Schengen foram os sírios, afegãos, iraquianos, sudaneses, somálios e cidadãos da R. D. do Congo. 

Mas a EU não tem uma política planificada para, e antes de receber, conter na origem esta vaga de refugiados, assim como não executou um Programa de Acolhimento que possa prever a integração. É que proceder de Países em guerra ou com condições de salubridade, higiene, educação e preparação cívica para vir viver para uma Europa desenvolvida, com regras e com uma cultura diferente, exige que os refugiados sejam enquadrados. Sejam integrados para que não se assistam a cenas, em Berlim ou Bruxelas, em Londres ou em Paris e, ainda, em Madrid ou Roma, que desagradam. Os acolhidos mijam e defecam nas ruas, espalham lixos e vandalizam mobiliário urbano. Lá, donde vêm, fazem-no, porque é vulgar e a educação não os ensinou que existem normas de vivência na sociedade europeia.

A EU, antes de doar biliões aos Governos que – pensa – podem travar esta vaga de refugiados (recentemente, entregou a Marrocos 140 milhões de euros), tem de estancar o mal na fonte com políticas de criação de empregos e a implantação de actividades do sector primário que possam contribuir para a erradicação da pobreza e da fome. Trabalhar é digno para qualquer ser humano. Já não o é matar e/ou viver à custa de outrém.

A pior política social que se idealizou/concretizou, a nível da Europa, foi a que criou subsídios. Criar emprego, até para a valorização humana e para a prática de uma mentalidade de promoção de cada pessoa, tem de ser o caminho a seguir. Cada um tem de se orgulhar de si próprio, isto é, tem de gostar de si e do que faz para si para se sentir valorizado e útil. Os subsídios promovem o ócio que descamba para o crime e para todo o tipo de preguiça… que resulta na vadiagem.

Como é que a EU esbanja tanto dinheiro, de milhões de contribuintes dos Países que a compõe, sem creditar um Programa de estudo deste fenómeno desgraçado, o qual tenha em vista “matar” todo este processo de escravatura moderna que, e como já o referi, faz circular biliões e muitos outros interesses, desde as redes de pedofilia, de homossexualidade, de droga e de outras actividades lucrativas que não pagam impostos e são verdadeiras lavandarias?

Como é que se empenham meios humanos e materiais, de muitas Nações da EU, nomeadamente forças armadas, policiais e outras Instituições, na tentativa de controlo desse tráfico ilegal, assim como na sua busca e salvamento sem, e em primeiro lugar, dar caça aos smugglers?

Como é que se gasta outra tanta fatia em campos de refugiados, em casas para se receber essa gente e em lhes conceder um subsídio para as primeiras impressões de vida, sem proceder a políticas que promovam, em cada País donde procedem, a criação de empregos para uma vida digna?

A EU, a que se formatou com uma raiz cristã, está a perder o seu rumo. Precisa, e sem dúvida, de se reformular, de se reestruturar, de se reagrupar como continente e de se reorganizar perante o novo tempo, mudando políticas e mentalidades. Mas a nossa Europa está a precisar, também, de se reevangelizar. Mudar corações em tempo de consumismos. Não lhe faria mal, a este nossa Europa, repensar que dignidade humana, condições de vida, amor ao próximo, promover felicidade e ser misericordioso – mas sem uma linguagem miserabilista que está impregnada de subsídios – é fonte de sucesso e de vida futura.

António Barreiros