POLÉMICA COM GRUPO DE TRABALHO

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Um “herói” escolhido pelo governo Chulista para fazer parte do grúpio

 

Acaba de ser criado, pelo Despacho 309-A, de 8 último, o Grupo de Trabalho para a Prevenção e Combate ao racismo e à Discriminação.

Vai funcionar, conforme cita esse articulado, sob a Coordenação do vogal do Alto Comissariado para as Migrações, IP, José Reis.

O problema, que já inunda as redes sociais e não só, é figurar o nome, entre o de outros que compõe esse Grupo, de Mamadou Ba.

Gostesse ou não dessa figura, a qual tem inflamado, propositadamente ou nem por isso, o universo português, com as suas provocações, a maioria delas que contrariam a sua função de dirigente do SOS racismo, o certo é que, e pelo cargo que tem nessa Organização, compete-lhe o lugar que, e agora, o Governo acaba de atribuir a Mamadou Ba.

Poder-se-ia questionar se essa personagem, em norma acantonada em palavras e em discursos, quando tem feito intervenções, com um recorte mordaz, ultrajante e divisionário das expressões que vem utilizando contra brancos, deve ter assento, como líder, do SOS Racismo. É uma boa e interessante questão, sem dúvida.

E pela simples razão: como é que um responsável pela causa que deve travar o racismo e a xenofobia assume um papel radicalizado de opiniões, de frases e de posições que, e em vez de aglutinarem e de servirem de mote para diálogos inter-pares, entre indivíduos de pele diferentes, mas todos da raça humana, aparta, espalha ódios e esperge rancores?

Mamadou Ba não é, concerteza, pelo que nos tem servido e pelo incentivo à divisão e não à união das pessoas, a figura certa para representar, em Portugal, o SOS Racismo.

Quem o escolheu? Como é que se candidatou? E qual o consenso para o investir no cargo? O SOS Racismo não merece, por falta de independência e de verticalidade/credibilidade de posições, a nossa melhor captação ou solidariedade. Se fossemos um País com Cidadania sofrível, saberíamos escrutinar, como outras Nações, a actividade pouco digna e nada transparente dos interesses que, nos bastidores, movem essa Organização

O SOS Racismo nasceu, em 1984, em França. De registar a polémica da mesma Organização na Noruega, um País transparente que não deixa de escrutinar e de se agastar com a falsidade de Organismos e dos seus dirigentes, com vista a ser uma sociedade transparente que tem a legitimidade do Direito e da Democracia. Deixo o que se escreveu sobre o assunto e que criou polémica e apresentou clivagens, o que esclarece a parcialidade da Organização em causa:

“A sua filial norueguesa era de longe o maior capítulo da Organização e afirmava ter 40.000 membros e 270 filiais locais. Mas, e segundo investigações dos media e não só, estava intimamente filiado e amplamente controlado pelo Partido Comunista dos Trabalhadores e, mais tarde, pelo Partido Maoísta “Servir ao Povo - A Liga Comunista (a facção Marxista-Leninista-Maoista que se separou do Partido Comunista dos Trabalhadores em 1997 como resultado de um conflito interno). O certo é que foi amplamente descrita como uma organização de fachada com aqueles partidos comunistas. O SOS Rasisme norueguês faliu em 2013, depois de ser condenado por fraude ao governo ao exagerar nas suas adesões e, 8 de seus líderes, incluindo o último presidente e o seu secretário-geral, foram indiciados por fraude, desfalque e lavagem de dinheiro em 2015.  Posteriormente, em 2016, acabou condenado e sentenciado à prisão em 2016. A mesma Organização enfrentou fortes críticas da mídia na Noruega e de todos os principais partidos políticos, ao longo de vários anos, devido ao seu domínio por maoístas”. Concluir, dizendo que “o SOS Racismo tem sido considerado politicamente extremista, na Noruega, e foi evitado por algumas outras organizações anti-racistas”.

Mamadou Ba não é a personagem certa para representar, no palco da vida portuguesa, o papel que lhe foi entregue. Não tem perfil e é um mau e péssimo actor…

(Imagem retirada da net)

António Barreiros