Two countries, two systems

 

No passado domingo, em conversa com uma familiar residente nos Estados Unidos, ela comentava que era óbvio o que os manifestantes em Hong Kong queriam – two countries, two systems.
Acredito que com muitos seja efectivamente assim.
Não é segredo que há uma frente independentista em Hong Kong que conta com o apoio de uma faixa da população residente.
Uma faixa que muito claramente pede o impossível.
Impossível legalmente, impossível politicamente, impossível na prática.
A Declaração Conjunta e a Lei Básica consagram o conceito “um país, dois sistemas”.
Um conceito imaginado para integrar Macau e Hong Kong na grande China (eventualmente Taiwan...), nunca para permitir a qualquer uma das regiões administrativas especiais ser independente.
E vamos a questões práticas – como poderia qualquer uma das regiões administrativas especiais sobreviver sem o apoio da China? Da China de onde recebem todos os bens essenciais e as suas maiores fontes de receita? 
Jangada de Pedra só mesmo no romance de José Saramago.
Pedro Coimbra