VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Luís Monteiro, foi acusado pela antiga companheira, Catarina Alves, também ela na época pertencente ao mesmo partido, de violência doméstica.

O assunto circulava há semanas nas redes sociais e, quando transbordou para a comunicação social, o candidato desmentiu as acusações da anterior namorada, acrescentando que: “Nos meses em que tive esta relação fui vítima de agressões sucessivas, violência verbal, ameaças e fui sujeito a um processo do qual não saí ileso. Jamais contaria o que me aconteceu se não fosse obrigado e felizmente, entre tantos factos infelizes, tenho a sorte de ter várias testemunhas que presenciaram o que relato e que me apoiaram em vários momentos em que precisei”.

Um outro militante da mesma área politica veio, entretanto, queixar-se de também ter sido vítima da referida jovem e de conhecer outros homens que também o foram.

Deste folhetim de faca e alguidar pode retirar-se uma (ou mais do que uma) das seguintes conclusões:

    1. Um membro do Bloco de Esquerda agrediu outro, em contexto de violência doméstica;

    2. Dois membros do Bloco de Esquerda agrediram-se simultaneamente, em contexto de violência doméstica;

    3. Nenhum destes filiados no Bloco de Esquerda agrediu o(a) companheiro(a) e tudo não passa de uma lavagem de roupa suja em público de dois ex-namorados zangados;

    4. Com tanta gente a conhecer a "violência" da jovem e mesmo assim a quererem namorar com ela, estamos perante pessoas masoquistas;

    5. No meio de tantas vítimas de violência doméstica da dita senhora, não houve uma única que apresentasse queixa dela ao longo destes anos.

    6. O amor livre, que tanto apregoam nos acampamentos de verão com casas de banho unissexo, não está livre de violência doméstica;

    7. O Bloco aderiu à tese do "À justiça o que é da justiça e à política o que é da política", acrescentando uma condenação geral à violência, evitando, desta forma, pronunciar-se sobre o caso concreto. Nada como ver as entrevistas do Primeiro-ministro e aprender alguma coisa.

Será que Francisco Louçã, na sua homilia semanal, feita no púlpito que a SIC lhe proporciona semanalmente, irá abordar o assunto?

Se a rapariga tivesse antepassados ucranianos que tivessem sido vítimas do Holodomor, por certo não escapava, até porque, entretanto, já não pertence ao Bloco. 

(Imagem retirada da net)

António Franco