CHUMBOS

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Portanto, se bem entendi, os chumbos não serão eliminados, quer dizer, serão possíveis, mas os alunos não serão retidos, isto é, “passarão” de ano. Tudo isto seria mais facilmente implementado se o ministério eliminasse o conceito de “ano escolar.” Ou seja, os alunos deixariam de estar ou “andar” no ano x ou y, pelo que apenas se distinguiriam uns dos outros pelo nome e pelo nível de proficiência em cada disciplina, mas este nível seria de uso apenas pelos professores, e com o propósito de adaptar o seu ensino aos conhecimentos de cada aluno. Este modelo, que é já antigo, implica um investimento gigantesco em professores e em instrumentos de diagnóstico continuado, que não me parece que esteja nas intenções do ministério. A não ser que se adopte uma habilidade, que é a de falar no assunto, deixar tudo como sempre esteve, com os alunos a seguirem em grupo compacto de ano para ano até ao fim, e depois atribuir àqueles que chegaram ao fim sabendo pouco ou nada um diploma de conclusão de estudos. Muito bem, fizeste o nono ano, agora vais para o secundário dos burros.

Assim funcionará perfeitamente. E barato.

José Costa Pinto