O crescimento do poder da maçonaria em Portugal

A maçonaria é, atualmente, a principal fonte de corrupção, impunidade e ruína do nosso País. É nas redes dessa organização maléfica, antidogmática e de discriminação desumana dos «profanos» (!?...) face aos «irmãos», que se promove a corrupção, se realiza o tráfico de influências e se garante a impunidade dos membros (ultima ratio regum). Qualquer que seja a classificação - irregular ou regular - e «obediência», masculina ou feminina, a sua natureza e prática são reprováveis. Os altos valores da maçonaria especulativa são a treta para dissimular o negócio comezinho do poder, o comércio dos contratos, a distribuição dos tachos e o salvo-conduto da imunidade. O resultado é a ruína da Pátria.

 

Tão ladrão é o que vai à vinha, quanto o que fica à espreita - diz o povo. A não participação de membros no tráfico de influências e na corrupção não isenta de responsabilidade legal, nem moral. A cumplicidade é criminosa; e o conhecimento de crimes obriga legalmente à participação judicial. A ignorância não é um delito, mas a ingenuidade não pode justificar o que é público e notório. Homens e mulheres de bem não podem pertencer à maçonaria.

 

Em Portugal, a maçonaria alargou o seu comando e controlo das grandes cidades ao interior, do Estado às autarquias, das organizações humanitárias às instituições da sociedade civil. As eleições tornaram-se atos simbólicos: redes de maçons - grandes eleitores secretos -, decidem candidatos nos partidos e lugares nas instituições, organizam o sufrágio e amanham os resultados. A formal democracia representativa e pluralista foi transformada numa paródia na qual os cidadãos são os bobos da corte da elite maçónica.

 

Em Portugal, como noutros países da Europa, bispos frequentam os ágapes rituais e  padres fazem vista grossa ao enfileiramento de cristãos e ao domínio crescente das comunidades por esta irmandade secreta de sinais e toques, visceralmente oposta a qualquer dogma. A filosofia antirreligiosa e desumana da maçonaria, as suas alegorias e símbolos - que seria leviandade crer que não têm consequência espiritual... -, a sua prática de favorecimento imoral dos irmãos face aos simples, deveriam ser expostos. Ao contrário, uma casula de silêncio cobre essa influência perniciosa, a vontade degenera em conforto e a promiscuidade é fundamentada como diálogo. As homilias omitem, as sacristias abafam e as instituições  paroquiais toleram as infilitrações. O nível de influência ubíqua das maçonarias sobre o País - o maior desde os tempos da primeira República - é propiciado pela resignação da Igreja.

 

E, todavia, permanece em vigor a Declaração sobre a Maçonaria, emitida pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Sé, de 26 de novembro de 1983, assinada pelo prefeito cardeal Joseph Ratzinger e então aprovada pelo Papa João Paulo II:

 

    «Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

    Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).

    O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.

 

    Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.

 

    Joseph Card. Ratzinger

    Prefeito

 

    + Fr. Jérôme Hamer, O.P.

    Secretário»

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José Costa Pinto