Prognósticos, prognósticos….
"Hoje em dia, é fácil ser paladino da ética nos negócios com Angola. Desde o fim-de-semana que passou uma tormenta sobre o nome de Isabel dos Santos, um nome que se tornou tóxico no mundo dos negócios e da política.
Há anos, o Finantial Times publicou uma entrevista com a empresária angolana e era difícil deixar não perceber o fascínio que a personagem suscitou no jornalista, que relatou um almoço rm que dividiu uma sobremesa com aquela mulher triunfante, afável sorridente e picante.
Nela, Isabel dos Santos contava como foi o seu primeiro negócio, uma coisa de ovos e de galinhas que ela vendia à família. Fascinante. Ninguém se perguntou de quem eram os ovos e as galinhas, que depois se transformaram em participações financeiras, petróleo, dinheiro, bancos, imobiliário - tudo sobre auspícios do regime. Nada disso era estranho: o dinheiro circulava e, como se sabe, o dinheiro tem justificado glamour, porque transforma os proprietários em personagens de ficção.
Hoje em dia, o dinheiro está em estado de choque, até deixar de estar, e voltar a circular.
Isabel dos Santos é, apenas, o alvo mais fácil para disfarçar a “corrupção” angolana que sopra sobre altas individualidades próximas de João Lourenço e até já enodou delegados da PGR portuguesa, esquenta escritórios de advogados “ligados” aos altos poderes nacionais e angolanos…
No fundo, Isabel dos Santos é apenas o “ícone” criado pelas “feique niús” para desviar as atenções dos verdadeiros e prósperos corruptos. portugueses e angolanos.
Contudo, nada nos surpreende nas “revelações” sobre Isabel dos Santos. Isto é apenas o começo; falta saber tudo sobre todos os outros: é que foram muitos a roubar por muitos anos, com Portugal a ver e nada fazer.
Entendam-me bem: Portugal “sobreviveu” porque Angola existiu e existe. Desde Soares…
Imagem retirada da net
BF