Editorial 29-05-2021

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Aparições

Já não consigo ligar a televisão. Vai uma pessoa, seja qual for a hora e o canal, e dá logo de fuças com o inefável Costa, de (sor)riso meio sacana, meio bonacheirão estampado na cara de bolacha maria, a debitar discursos aldrabados, enganosos e repetitivos, de engana palermas, que, pelos vistos e pelas sondagens “falseadas” – dizem os inimigos – o apontam como um Hermes do olimpo tuga, também pastor de rebanhos e fatos.

Autor da bem montada e maquiavélica máquina de propaganda do regime, especialista na venda de banha da cobra, promete mundos e fundos, diz ter cumprido o que não cumpriu.

Costa bate em Rio, e este, farto de ser saco de pancada, começou a ripostar, o que deixa um “povo” inquieto, receoso do recuo; outro desejoso de um Passos que endireitou o país destruído pelo grande “filósofo” do amigo Silva. 

Cabrita e Galamba continuam no (des)governo. Costa lá sabe as linhas com que se cose.

 

Por Coimbra, as coisas agitam-se, mas Machado continua imune a tudo: nem metrobus, nem aeroporto nem coisa que se veja; apenas o parque verde começa a estrebuchar e o parque entaipado. A história do largo da Sé Velha e das escadas do “quebra costas” ou “quebra cus” é que está para dar e vender. Bolas ir buscar granito para substitui a pedra dos degraus só podia caber na cabeçola – há quem lhe chame cabeçona ou cabecinha pensadora - de Machado, porque, nestas coisas, há sempre um culpado, ainda que, não raras vezes, inocente.  

O Chega do Ventura veio exibir-se a Coimbra. Exaltou-se o ânimo de umas dezenas de antifascistas, e, interessante, A Académica da Padre Vieira vestiu-se de luto. Lá os antifascistas - melhor social fascistas – ainda percebo; mas a miudagem da academia que só conhece a situação pelo que lhe contam – e cada história tem sempre, pelo menos, duas faces – e não por ter sentido na pele certos salazarismos, já não entendo…

O grupo de Ventura cresce, dizem as “sondagens”, não as de Costa. E há razões para temer:

Salazar apareceu a André Ventura em Beja e disse-lhe:

“Meu filho, juntos vamos ressuscitar o salazarismo, mas, por amor de Deus, corta o cabelo e faz a barba, porque se não pareces um cigano”!

E ele já está a pôr as barbas de molho…

No país em mudança, um último apontamento, que o final do jogo Benfica – Sporting de Braga – evidenciou.

É célebre – embora esquecida – a frase de Ribeiro dos Reis, um dos fundadores do jornal A Bola: futebol sem correcção não é desporto.

Sempre contestei esta pérola, e o jogo da final da Taça deu-me razão: Futebol sem porrada não é desporto é o que ele devia ter dito.

Imagem retirada da net

 

ZEQUE