TROLLEYS, AUTOCARROS ELÉTRICOS E “METROPNEU”

PAULO SIMAO1

 

Na minha opinião, há muitos, mas muitos, anos mesmo que as linhas dos SMTUC, que servem o centro da cidade, deviam ser servidas sim por autocarros elétricos.

Mas não aqueles que são movidos a baterias que de amigas do ambiente pouco ou nada têm.

Ora o nome desse tipo de transporte é Trolley.

Mais uma vez digo. Toda a rede que serve o centro da cidade deveria ser operada por trolleys e ao invés de se ter desinvestido na rede de tração, devia ter sido feito o oposto.

Um trolley é mais caro que um autocarro a diesel? É de facto no momento da aquisição, no entanto, tem um período de vida útil muitíssimo superior e tem outra vantagem (principalmente quando comparado com autocarros a baterias).

Graças aos motores elétricos assíncronos, um trolley sempre que não está em aceleração, regenera energia elétrica que consegue injetar na rede.

Apesar de não ter a certeza completa dos dados, julgo que esses motores assíncronos conseguem reintroduzir na rede por volta de 30% a 40% da energia que consomem. O que é bom!

Quanto à comparação que foi feita entre um autocarro articulado dos anos 70/80 com o que vai (ou não), servir o “Metropneu”, cabe-me informar que se consultarem as respetivas fichas técnicas de ambos, qualquer pessoa interessada chega à conclusão que o velhinho autocarro articulado conseguia operar a velocidades superiores e que provavelmente terá maior lotação de lugares (principalmente sentados).

É importante pensarmos sobre a gestão de transportes.

Paulo Simão