PARA 2025 CONTINUA A PERDA DE PODER DE COMPRA
Com base nos dados divulgados pela DGAEP (Ministério das Finanças) em 15 de Novembro, deste ano, conclui-se que o poder de compra da Remuneração Base Média Mensal Bruta (RBMMB), ou seja, antes de quaisquer descontos (CGA/SS, ADSE/ADN/SAP,IRS), da esmagadora maioria dos trabalhadores era, este ano, inferior ao de 2011 antes dos cortes nas remunerações feitos pelo governo de Sócrates.
Por exemplo em relação à função pública esta vai variando de categoria profissional.
Assim:
Dirigentes, entre menos 6,7% a menos 15,7%;
Técnicos superiores: menos 13,3%;
Investigadores menos 31,6%;
Professores universitários menos 13,6%;
Professores do secundário e do ensino básico menos 8,6%;
Médicos menos 7,1%;
Porém com o aumento que o governo de Montenegro pretende aprovar para 2025 (mais 2,15% com um aumento mínimo de 56,68€), a situação praticamente não se alterará.
Considerando que a inflação para 2025 será de apenas metade da prevista pelo governo (na 1ª metade do ano ganham os trabalhadores, na 2ª perdem o poder de compra ganho).
O Ponney lembra que estes cálculos foram feitos com base em remunerações brutas. Ou seja, sem descontos para CGA,ADSE,IRS, pois se fosse com remunerações líquida após descontar para CGA, ADSEI/ADN/SP e IRS a perda de poder de compra é bem maior.
Só quem se “salva” de perda de poder de compra são principalmente os “assistentes operacionais” porque a sua remuneração está colada ao salário mínimo nacional e é crime mexer ainda mais. Mas o custo de vida vai apanhar também estes.
Depois ainda temos que considerar os aumentos das pensões, dentro das medidas para 2025, que variam entre 37 cêntimos por dia. Demonstrando que a Lei 53-B/2006 é injusta, dado que não garante nem a melhoria digna dos pensionistas mais baixas, nem a manutenção do poder de compra.
Para as restantes medidas a reforma sobe para 66 anos e 7 meses.
Para que se possa ficar com uma ideia clara e verdadeira da situação da esmagadora maioria dos pensionistas no nosso pais construiu-se um quadro com as pensões médias (velhice, invalidez e sobrevivência) de 2023 divulgadas pelo INE no seu Anuário Estatístico. A que se deve acrescentar o aumento registado em 2024 decorrente da Portaria 424/2023, e adicionamos ainda os aumentos de pensões decorrentes da Lei 53-B/2007 e o extraordinário aprovado para 2025 pela Assembleia da Republica com base na proposta do PS, obtendo desta forma os valores das pensões médias de velhice, invalidez e sobrevivência que deverão vigorar em 2025. E como concluirá esses valores ou estão abaixo do limiar da pobreza ou pouco acima deles - segundo estudos do economista Eugénio Rosa.
Com o custo de vida a subir onde se espera chegar em 2025?
AF