POBRE PAÍS

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Este governo de maioria absoluta está desorientado, esfrangalhado e leva o país para o abismo.

Diariamente aparece um escândalo com um membro do governo. Alguns demitiram-se e outros mantêm-se em funções, manifestamente fragilizados.

A corrupção e o compadrio aumentam assustadoramente. Os esquemas para adjudicar contratos de todo o tipo aos amigos políticos, esbanjando os dinheiros públicos são permanentes.

A educação bateu no fundo e não se vê rumo, pelo que as escolas privadas obtêm melhores resultados.

A saúde está no caos. Os serviços hospitalares de pediatria e obstetrícia fecham regularmente e não se vê solução. As urgências hospitalares estão caóticas, com os doentes urgentes a esperarem mais de dez horas para serem atendidos. Quem tem dinheiro ou seguros vai aos hospitais privados porque o tempo de espera é menos de uma hora.

A justiça afunda-se por falta de funcionários e de meios, arrastando-se os processos, nomeadamente os de natureza criminal durante anos.

Os portugueses empobrecem acentuadamente e a generalidade dos serviços públicos prestam um péssimo serviço de atendimento.

O principal partido da oposição hesita na sua postura de oposição e não mostra um caminho, um projecto de alternativa para o país.

O Presidente fala por tudo e por nada, faz avisos constantes, mas eficácia, zero. Mais um nesta amálgama.

Sinceramente, grande parte da classe política tem telhados de vidro, pelo que se resguardam.

Personalidades políticas verticais, sérias, competentes e que andam na causa pública para servir o país escasseiam. Entre estas personalidades, vejo o General Eanes que a dias de fazer oitenta e oito anos continua a mostrar grande lucidez e dá o exemplo do que deve ser um político que deve servir o país.

Os portugueses vivem descontentes com o rumo do país e com a forma como são tratados, pelo que se explica as greves em todas as áreas.

Os portugueses no estado em que está o país e a nossa classe política têm o direito à indignação.

Eu estou indignado e você?

Basta!

João Castilho