Hoje acordei com uma andorinha no estômago.
A noite era de tempo limpo e sono.
Sabia a quebra milenar, cabelo solto.
Nenhuma angústia, lei, mato ou víscera defronte.
O prédio seguia o seu curso normal de vida, espécie de abrigo impune.
Gineceu.
Observava sem capacidade estrelada o céu, quando a miúda astronomia me
Espantou a inocência.
A circular impressão se revelara.
Tal como no meu estômago, assim uma via-andorinha, se alongava, qual
fita emprestada, distraidamente, no ar.
Pedro Vale
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Minibiografia
Pedro Vale vive no Funchal desde 2002 onde é professor de primeiro ciclo.
Cursou Ciências da Cultura e frequenta o mestrado em Gestão Cultural na Universidade da Madeira. O
seu primeiro livro - «Azul Instantâneo» - foi lançado em dezembro de 2017 e o autor trabalha
desde 2019 na divulgação da sua segunda edição.