Abraço
O tempo de um abraço
De uma espera que não tem fim
de uma hora severa
onde a alma desespera sem sentido
O tempo de um dia
que se desfaz nas carícias
nos beijos acalentados p'los dedos viciados
de um espaço intemporal
O tempo de uma vida
de cada vez mais profundo
crescente e vagabundo ser
que nele respira as fragrâncias generosas
O tempo de um sonho
onde apartamos o mais medonho
de um fado imortal e embuçado
fiel ao mundo pra sempre excomungado.
Sofia Geirinhas
A poetisa de pé-descalço ????
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