SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO XXXVI
Vamos dar uma vista de olhos ao que os especialistas têm a dizer sobre este assunto!
1.- Escolha uma pessoa que o conheça bem.
Este pode ser o seu melhor amigo, o seu companheiro de vida ou o seu colega de trabalho mais próximo. Algumas pessoas sentem-se tentadas a listar os seus pais como pessoas de emergência imediata, mas algumas discordam, pois os nossos pais podem não reagir da melhor maneira quando algum estranho lhes telefona para anunciar que sofremos um acidente ou que estamos numa situação de perigo.
Esta pessoa deve conhecê-lo muito bem, conhecer as particularidades do seu estado de saúde e condições específicas. Deve também ter fácil acesso aos seus familiares e amigos ou pelo menos acesso à sua casa para emergências como papéis, roupas e outros.
2.- Escolha uma pessoa que esteja disponível.
Uma pessoa disponível vive na mesma cidade que você e atende o telefone imediatamente. Não deve escolher um amigo que está sempre fora em trabalho ou alguém que viaja muito. Se acabar numa má situação e precisar de ligar para essa pessoa, ou as autoridades precisarem de ligar para a mesma, esta deverá ser capaz de atender o telefone rapidamente, ir ao hospital ou estar disponível para apoio extra.
Ter um contacto de emergência enquanto conduz uma viatura é sempre útil, pois por vezes precisa que este viaje rápido para o ajudar em caso de necessidade.
3. - Escolha uma pessoa a quem possa partilhar os seus dados médicos com confiança.
A sua pessoa de emergência deve ser alguém a quem confia a sua vida, a quem possa partilhar informações médicas delicadas. Pode ser sobre algum problema de dependência, medicamentos que toma, condições médicas anteriores, enfermidades e assim por diante.
Estes critérios devem ser seguidos sempre que escolher uma pessoa de emergência para a sua lista de contactos telefónicos ou para a sua lista de contactos de emergência do “Botão Vermelho de Pânico”.
Pode escolher uma ou mais pessoas de emergência para o ajudar ou às autoridades sempre que estiver com problemas. Estes devem estar sempre informados e possuir as seguintes informações: Onde mora, Alergias que tem, Medicação que toma, Grupo sanguíneo e tipo Rh, Breve histórico médico e Informações de contacto da sua família mais próxima.
Pode armazenar estas informações dos seus contactos de emergência no seu telemóvel, mas lembre-se que se este tiver uma palavra-passe ou outros sistemas de segurança, as autoridades não conseguirão obter esta informação rapidamente.
Pode, também, levar uma folha de papel, de preferência em mica, onde constem as mesmas informações, nomes, moradas e números de contacto destas pessoas.
Tendo todas as situações cobertas e preparadas, terá uma forte hipótese de sobreviver a uma emergência que aconteça na sua vida, algo inesperado. Acima de tudo, deve lembrar-se que está a colocar a sua vida nas mãos de outro e isso, muitas vezes pode ser estanho e doloroso, pois nem sempre os familiares são a melhor opção e os amigos podem mudar de opinião sobre si a qualquer momento.
Na próxima semana, e perante uma situação a decorrer, descreverei o tipo de pessoas com quem poderá contar, sendo amigos, familiares ou completos desconhecidos.
A observação das atitudes dos que nos rodeiam pode ser crucial para a nossa sobrevivência. Quem nunca pensou que este ou aquele, mesmo sendo amigos, nunca entrariam em sua casa, sua vida ou trabalhariam para si?
José Ligeiro