Alguém acredita?

 

O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) – ex-metro mondego e outras coisas mais -  será financiado por verbas nacionais do Portugal 2020, ficando o investimento de proximidade municipal reforçado em 247 milhões de euros, anunciou hoje a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

“As verbas para este reforço provêm essencialmente do facto de o Centro 2020 deixar de apoiar o SMM, que passa a ser apoiado pelo Programa Nacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR)”, declarou a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, à agência Lusa e a quem a quis ouvir.

O projeto do SMM prevê a circulação de autocarros elétricos (“metrobus”) na cidade que continua a ser a Lusa Atenas, e no ramal ferroviário da Lousã, encerrado há oito anos para obras que, desde os finais do século passado, visavam a instalação de um sistema de metro ligeiro que nunca chegou a entrar nos carris.

Em termos globais – e continuamos a reproduzir a distinta e dita senhora que muito prezamos - a reprogramação financeira do Centro 2020 foi possível com “as disponibilidades existentes”: 203 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 214 milhões do Fundo Social Europeu (FSE).

Ana Abrunhosa frisou que, “no exercício de reprogramação do Portugal 2020, os programas operacionais regionais não perderam nem ganharam verbas”.

“O exercício de reprogramação consistiu na reafectação de verbas entre prioridades e tendo em conta as verbas ainda não comprometidas”, disse. As “orientações políticas” do Governo foram “iguais para todas” as cinco regiões do Continente; as distribuições é que não.

No Centro, segundo Ana Abrunhosa, “este exercício de reafectação de verbas foi complexo, dado o elevado compromisso do programa”, pelo que, não admira, possa vir a tarnar.se incomplexo e circunflexo.

Dos 2.155 milhões de euros de dotação do programa regional, “estão comprometidos 1.738 milhões de euros”, o que traduz “uma taxa de compromisso de 81%”, acrescentou.

O Centro 2020 também “reduziu significativamente o seu contributo para o instrumento financeiro ‘eficiência energética’ para as empresas, pelo facto de existirem verbas do Banco Europeu de Investimento” para esse fim, esclareceu.

 

“No âmbito dos pactos com as comunidades intermunicipais (CIM), foi possível reforçar verbas na educação, saúde e património cultural e natural no montante de 38 milhões de euros, através da redução de valores noutras prioridades de investimento”, afirmou a presidente da CCDRC.

Reforçou ainda a dita senhora que “a prioridade que mais diminuiu, para permitir este reforço de investimento em infraestruturas de saúde, educação e património, foi a promoção do sucesso escolar”.’ Um falso silogismo que não vamos comentar a fim de não prejudicar  o “metrobus”, um híbrido em que as pessoas poderão viajar lá para finais do século que ora decorre, ou seja, “Isto não implica uma diminuição do esforço da política nacional de promoção do sucesso escolar na região, uma vez que a mesma foi concentrada no programa operacional nacional Capital Humano (POCH)”, o que ninguém sabe o que é.

A professora universitária sublinhou que “as prioridades de investimento que foram reduzidas no Centro 2020 são compensadas” por programas operacionais nacionais.

“Outra prioridade na reprogramação foi continuar a apoiar o investimento empresarial local”, através do Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego (SI2E). Para o efeito, os pactos com as CIM foram reforçados em 50 milhões de euros.

“A reprogramação também permite continuar a apoiar o investimento empresarial inovador, num montante superior a 400 milhões de euros, através da redução de verbas dos instrumentos financeiros para as empresas”, afirmou.

A reprogramação envolveu igualmente o reforço de 87 milhões do FSE para emprego científico e formação avançada, “o que implica, considerando a dotação inicial, uma verba global de 150 milhões de euros para esta área”.

“Este reforço na formação avançada é fundamental para acompanhar o esforço de investimento das empresas e para melhorar o emprego científico”, acentuou senhora presidente.

Damos a notícia apenas para ficar registada cá no jornal, pois acreditamos, sinceramente, que o “metrobus” só correrá por Coimbra acima e abaixo no tempo das calendas gregas, reencontradas por Manuel Machado nas escavações da “praça dos cortes”.

Fotos : WordPress e web

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