COIMBRA, NO MEIO DA AMAZÓNIA
O nome foi dado ao forte e município, devido à nossa cidade, e dentro de uma política de dar aos novos municípios brasileiros topónimos de povoações reinóis.
Está situado no actual Estado do Mato Grosso, não muito longe de Corumbá, A sua origem remonta a 1775 e destinava-se a marcar o extremo sul desta divisão administrativa. A missão ficou a cargo do capitão Matias de Carvalho que, no entanto, se enganou na localização prevista, que devia ser o chamado Fecho dos Morros. No Arquivo Histórico Nacional de Madrid, está a planta dessa fortificação inicial que não passava de uma forte estacada rectangular com quatro avanços nos cantos, para melhor defesa, como se fossem baluartes rudimentares. Foi concluída a 13 de Setembro. Dentro, ficaram sete construções também de madeira, para albergar oficiais e soldadesca, já que o destacamento fundador era composto por cerca de uma centena e meia de homens: casa do comandante, casa da pólvora, quartel da infantaria, quartel dos dragões, quarto da guarda e cozinha.
A construção que hoje se pode ver, localizada apenas a 130 metros da primitiva, foi começada em 3 de Novembro de 1797, com desenho do engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, e sofreu muitas reformas depois desta data. Foi erguido de pedra e cal, conformando uma figura irregular, adaptando-se ao terreno em anfiteatro, com os muros dotados de canhoneiras, funcionando, fundamentalmente, pelo cruzamento de fogos de duas baterias viradas ao rio. Do lado sudeste foi erguida uma cortina, para impedir um assalto por terra.
O Dia de Nossa Senhora do Carmo em Forte Coimbra, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, é especial, pois se credita à santa milagres durante batalhas ocorridos contra espanhóis e paraguaios, em 1801 e 1864.
Conta a tradição local, que Nossa Senhora do Carmo livrou a guarnição militar do forte (110 homens, cinco canoas e três canhões) de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando um exército espanhol (600 homens, navios e 30 canhões) tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal.
Pedro Dias