O APOIO QUE NÃO FOI PROMETIDO NA ÚLTIMA CAMPANHA

3 O APOIO QUE NAO FOI PROMETIDO NA ULTIMA CAMPANHA1

 

Em Coimbra, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, apoiou a célebre, mas polémica Associação Portugal Brasil (APBRA) onde Manuel Diogo, é presidente executivo e fundada pelo ex-reitor da Universidade de Coimbra, Gabriel Silva, irmão do atual Presidente da Câmara de Coimbra.

Apesar de no Brasil não ser do conhecimento público esta associação, APBRA, nem haver qualquer informação sobre Coimbra, a verdade é que este apoio à associação fundada pelo irmão do presidente da CMC, foi uma medida cumprida sem que constasse nas promessas da propaganda política de 2021.

Apesar do apoio a esta associação para também divulgar Coimbra, a cidade do Porto tem muito mais projeção no Brasil do que Coimbra, apesar dos apoios imensos à APBRA e da cedência da Casa da Cidadania Língua Portuguesa. Levando a que fosse pedido, pelos partidos da oposição, a que fosse investigada a participação do presidente da Câmara Municipal no acordo que levou à entrega da programação da antiga residência de João José Cochofel a uma associação que tem o irmão de José Manuel Silva entre os fundadores.

Só a inauguração da nova Casa da Cidadania da Língua custou à autarquia 22,4 mil euros e o acordo prevê 150 mil para a programação. Na realidade só a cidade do Porto colhe reconhecimento no Brasil. Entendendo-se a falta de cumprimento da missão a uma associação que tem acolhido imenso apoio por parte da Câmara de Coimbra.

Como foi o caso do Festival Cultura e Gastronomia realizado na cidade de Tiradentes, que chegou à 27ª edição, entre os dias 23 de Agosto e 1 de Setembro de 2024, na cidade história mineira que ganhou um ar internacional, com a promoção de um encontro com a cidade do Porto. Nos tradicionais festins, que ocorreram nos finais de semana, chefs mineiros e portugueses (apenas do Porto) dividiram as suas receitas, ingredientes e conhecimentos. O público saboreou esse intercâmbio à mesa, num sofisticado menu harmonizado. Mas de Coimbra nada, apesar do dinheiro gasto com a APBRA com intenção de fazer ponte entre Coimbra e o Brasil.

A verdade é que a possível ponte entre Brasil e Coimbra, feito pela APBRA está agora a ser conhecida por uma certa forma secreta de relações com o executivo da CMC - prova a transparência diminuta, para não dizer inexistente, senão vejamos, se conseguimos aceder no site da associação APBRA ao contrato da mesma com o Senado Federal do Brasil, o mesmo não se pode dizer do contrato da APBRA com a Câmara Municipal de Coimbra. É que este último mostra-se impossível de abrir o que demonstra que o autor do livro “As Grandes Agências Secretas”, o também presidente Manuel Diogo, deve usar os seus conhecimentos para manter secreta a relação com a Câmara.

Os conhecimentos de Manuel Diogo também serviram para que o Presidente da Câmara de Coimbra cometesse o crasso erro, de gestão pública, ao ser induzido por Manuel Diogo a fazer contrato com «Nirit Harel - Marketing Services Company» onde foi escrito no contrato e transcrevemos:

«Os serviços descritos no Caderno de Encargos serão executados por 67.500 EUR, com um pagamento inicial de 33.750 EUR, ou um valor menor se o limite legal for inferior.
O restante deverá ser pago até 30 dias depois do trabalho terminar.
Estes valores não incluem IVA, pois no estado do Texas, dos EUA, onde tenho a minha residência fiscal, não estou sujeita a IVA.»

Vamos explicar o erro, cometido, muito possivelmente, devido à ignorante inocência do senhor Presidente da CMC, que contrata uma empresa pagando os seus impostos nos EUA (estado do Texas), mas recebe verba angariada com os impostos cobrados a portugueses. Como se fosse pouco este contrato, depois de ser entregue o pagamento inicial, acaba por suspender o contrato com Nirit Harel - a tal que tinha sido apresentada pelo autor do livro sobre as grandes agências secretas e com largos conhecimentos sobre truques na arte de esconder. Sendo esta a única grande relação com países exteriores com, naturais, benefícios, para com a empresa americana.

Apesar do senhor Presidente da Câmara, Manuel Silva, ter sido, alegadamente, ludibriado neste contrato que não foi concluído não deixou de continuar a confiar, pela sua inocente ignorância, em Manuel Diogo pois entregou a Casa da Escrita a José Manuel Diogo (especialista em segredos) por intermédio da APBRA. Mudando o nome de “Casa da Escrita” para “Casa da Cidadania Língua Portuguesa” ficando nas mãos de Manuel Diogo e de Gabriel Silva (irmão do presidente da Câmara), mas de ação cultural no Brasil nada de concreto nem de conhecido público no Brasil.

Como usar o espaço, da antiga Casa da Escrita em Coimbra, ainda é pouco para o especialista em secretas entendeu a inocente ignorância do senhor Presidente da Câmara de Coimbra aprovar uma grande co-produção luso-brasileira com um preço a rondar os 50 mil euros. Preço que foi pago com o erário público - que tudo aponta para aumentar quando se fizer o balanço desta tentativa para uma “ponte transatlântica”, mas não conseguida.

Importante saber-se que a sede da APBRA está localizada na avenida da República, Lisboa, (informação no site da APBRA), mas também onde funcionam outros negócios de Manuel Diogo, que é um ilustre colaborador da israelita, Nirit Harel, a quem a autarquia acabou por não dar continuidade ao contrato.

FG
04-09-2025