Editorial 02-01-2021

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Só desgraças

 

Penso que toda a gente pensa de igual: 2020 não deixa saudades! Não, não deixa, e não apenas pela pandemia do Covid 19, mas, e principalmente, pelas actuações infelizes – ou desastrosas? – dos governantes do país da brincadeira – ou da bandalheira? – em que o cantinho à beira-mar plantado se transformou.

Assim, ainda que por alto, recordo as parvoíces anedóticas do caso de Tancos, que levou à queda de um ministro, que se julgava intocável, mas, tudo o indicia, deixou de fora um “primeiro” e um “pr”, que juram a pés juntos que não sabiam de nada do que se passara e estava a passar. Enfim, há quem tenha a sorte da protecção dos deuses da fortuna.

Um outro ministro, que, não dando às de vila diogo, já devia ter sido corrido a pontapé – ou à bordoada? – é um tal cabrita – há quem lhe chame outra coisa (cabrito, para não haver especulações) – comandante das forças da ordem, que tanto manda recuar os agentes da psp – polícias sem poder - encarregados de recuperar um carro roubado a residir na Quinta da Fonte como manda que os peões da gnr (grande ninhada de ratos) se entaipam para não serem comidos por gatos armados à solta.

Cabrita pode, quer e manda. É intocável: deixou à fome umas dúzias de motoristas de camiões encurralados numa autoestrada inglesa, que demandavam França e os caminhos para os lares em que queriam passar a consoada.  

Assim dito, parece que a coisa não foi tão má quanto eu faço crer, mas, anedótico, anedótico, é sustentar o mando de não autorizar no boletim de voto para “pr”, mantendo a encabeça-lo um candidato que não vai a votos.

Perito em contas “acertadas” para enganar a “e.u.” e similares – qual défice “positivo, qual quê – para encerrar o ano com pompa e circunstância, o governo não podia deixar de cometer mais uma borrada:

Como diz Perpétua Paciência,

 

“A humildade de preferir evitar escolher entre uma “almeida”, com um cv irrepreensível e a distinção de uma escolha de primeira água, e uma “guerra”, com um cv forjado para impor a ocupação de um lugar, teria evitado acabar o 2020 com uma nódoa na justiça portuguesa e começar o 2021 e a Presidência Portuguesa manchada pela mesma nódoa, que a irá acompanhar durante todo o mandato e ficará registada em todas as memórias históricas.

Infelizmente, os desavergonhados são aqueles que não sabem o que é vergonha.”

 

Coimbra, minha Coimbra, um achado para o machado que corta e esfrangalha. Coimbra, a Lusa Atenas, que até há não muito foi a capital portuguesa da saúde, esfrangalhou-se num ápice: machado e dona temida – a petrónia da moda – cada aparição, cada casaco de alto luxo - encontraram uma “localização”, que ninguém de bom senso entende, o que quer dizer que nova maternidade cá no burgo está inscrita nas calendas gregas

Para completar a má sina, mais um coice governamental: o Hospital Militar foi desgraduado.

E de bom, nada? Claro que há: depois do aeroporto em vias de conclusão, do desassoreamento do mondego e outras obras de gabarito: a consolidação das margens do rio.

Contrato assinado, “adiantamento” nos bolsos, mais um empreiteiro candidato a falir… “

A todos os amigos, inimigos, e outros que possa vir a sê-lo,

FELIZ 2021. Morte ao covid. Saúde e Paz.

 

ZEQUE