Editorial 03-02-2018

Polvo na caçarola

O Governo mudou de posição sobre os direitos de autor depois do anúncio de que a Google iria fundar um centro de serviços em Portugal criar mais de 500 novos postos de trabalho no Lagoas Park, em Oeiras. Agachou-se

A Caixa Geram de Depósitos, sob a presidência de um administrador que não brinca em serviço, vai retirar de a direcção comercial com assento em Coimbra, encaminhando-a parta o Porto, cidade também já à espera da gigante Amazon.

A abertura da avenida central, por onde iriam correr – ou irão correr – os metrobus, estacionou, ou parou, devido a achados “arqueológicos”, ao que consta, ainda que corram boatos, meros boatos, indiciando outros motivos.

O aeroporto internacional, uma promessa que Machado irá cumprir, tal como cumpriu tantas outras, cresce em desenhos e mais desenhos, ostentando já, em papel, tamanho mair  que o da pista que, todos o pensam, foi escolhida para receber os aviões de grande porte, ou transporte.

Rápido corre o desassoreamento do Mondego – precisa-se de uma nova canção -  numa faixa da largura de meio campo de futebol, ou pouco mais, entre as pontes Pedro e Inês – D. Catarina Bloqueadora ainda não se lembrou de exigir a alteração para Inês e Pedro – e do açude, um desperdício, pois podia e devia aproveitar-se o embalo, ou balanço, para tornar o rio navegável até Penacova, ou, no mínimo dos mínimos, até à foz do Ceira. Para fogo de vista – excelente regalo para os olhos – já lá estava no centro do flúmen a fonte luminosa, um deslumbre.

Agricultores e outros empresário desmentem Capoulas e Costa, que prometeram muito – o geringonçado governo é um fosso de falácias – quando lá “tiveram” em visita, e lá irão “tar” mais uma vez pelo carnaval a dizer aquilo que, sabem, não vão cumprir, a bolçar disparates.

A regionalização, pelos vistos, foi-se: restará um país bicéfalo – Lisboa Porto - com Coimbra, adormecida nas sestas ébrias de um desleixo arrepiante, principalmente na baixa da cidade, suja e anestesiada nas noites de pó e seringas.

É o país que temos e os portugueses teimam em não ver: um país em que a descida, em vez da mentirosa subida de ordenados pensões, encaminha o povo para a miséria, para um apertar de cinto até agora nunca sentido

Ainda por cima, o estado de direito que os políticos tanto defendiam e gabavam, independente dos outros poderes, castigador de criminosos, parece estar a mostrar aquilo que há muito se dizia à boca pequena; um polvo de corrupções.

Importante, muito importante mesmo para a sanidade das finanças e da segurança dos portugueses foi ter-se ficado a saber que, afinal, Centeno está limpo no caso dos convites para se sentar ao lado de Filipe Vieira. Costa podia ter mandado encenar um teatrinho mais sóbrio. Este “fait-diver” deu demasiado nas vistas.

ZEQUE