Editorial 05/07/2024

EDITORIAL 05 07 2024

GRANDES E PEQUENAS COISAS

Daqui do Brasil, mais propriamente da cidade de Botucatu, tenho uma maior noção de quanto os portugueses alargaram o mundo. Como é que uma terra tão grande, como o Brasil, foi ocupada por meia dúzia de gente cansada por uma viagem longa e em condições sub humanas? Mas ainda fomos mais longe e para terras quase tão grandes como esta.

Não podemos deixar de nos admirar pelo mistério luso.

Pois aqui, no Brasil e numa cidadezinha do interior de São Paulo, tenho a noção do quanto fizeram os portugueses. O que edificaram para bem e para o mal na sua clara amplitude humana. Hoje, o Brasil está preparado para ser aquilo que Portugal foi outrora. Mistura gentes de etnias muito diferentes. Tanto encontro gente de pele muito branca com olhos azuis, como gente de pele negra e no meio de tudo a miscigenação. Foi esse, talvez, o maior feito português aqui no Brasil. O que é interessante é ver gente que me parece japonês a falar o português do Brasil de tal maneira que se fechasse os olhos não diria estar em frente a um oriental de “olhos puxados” - como por cá se diz.

E é do Brasil ao Japão que me vem à memória a ideia de Kakuzo Okakura, que fundamentou esta edição de O Ponney, dizendo « Aquele que não consegue ver a pequenez das grandes coisas em si, tende a ignorar a grandeza das pequenas coisas nos outros». Uma sábia lição desconhecida, infelizmente, pela maioria dos políticos que nada sabem sobre a verdadeira História de Portugal.

Assim sendo apresentamos o artigo com o título «FAZER A “CAMA” PARA QUE SMTUC PASSE A ‘EMPRESA MUNICIPAL’». Numa questão que deve ser mais para ponderar do que tomar partidos. A realidade é que, mais importante do que estar de acordo ou contra, devemos todos ponderar se é, ou não, importante fazer a transformação de ‘serviço municipalizado’ para ‘empresa municipal’ e não podemos reduzir a questão à contabilidade.

De dinheiro também falamos no nosso artigo «COM QUANTO FICAVA SE GANHASSE O EUROMILHÕES?». Podemos sonhar que vamos ficar com o prémio total? Vale a pena ler o nosso artigo.

Se o Estado vai buscar tanto dinheiro aos prémios de sorteios e isso até pode ser justo (se não formos os premiados), já o caso de quem recebe ordenado mínimo a coisa é injusta. «ASSALTO A PESSOAS COM RENDIMENTO ABAIXO DO ORDENADO MÍNIMO» é o artigo que fala desta injustiça que se passa em Portugal.

Porém se o Estado arrecada tanto é importante que se questione, independentemente dos partidos, «HÁ BOA GESTÃO NOS DINHEIROS PÚBLICOS?»

Terminamos os assuntos de destaque de O Ponney com um caso transversal a Portugal e ao Brasil, que é o «O CASO DAS GÉMEAS QUE LIGA PORTUGAL AO BRASIL» onde a defesa invoca xenofobia dos médicos portugueses. Um caso para perceber um pouco melhor com os diversos pontos de vista.

Para aliviar a carga temos mais uma tira da nossa abelha Abel que nos explica que há coisas que não se lavam com água.

Depois temos mais um artigo da Manuela Jones que nos deixa um «ALERTA URGENTE» e que deve mesmo ler. Continuando nos artigos de opinião demos a palavra a Saúl Alves sobre «IGUALDADE A QUANTO OBRIGAS». Um assunto para refletir.

Para além dos artigos expostos, temos um bom conjunto de informação para nos fazer pensar em outros artigos de O Ponney.

O Ponney vai continuar a ser publicado digitalmente do Brasil.

Desejo-vos bom fim-de-semana.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney