Editorial 13-02-2021
Coragem e indignação
Diz-nos Santo Agostinho que: “A Esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação ensina-nos a aceitar as coisas como estão; a coragem a mudá-las”
Neste momento e no século XXI, Portugal enfrenta novamente uma grave crise pandémica, que, mais uma vez, nos foi oferecida de bandeja pelos chineses.
Estamos indignados com muito do que se passou e continua a passar. Nem tudo o que parece é. Temos direito a essa indignação: o governo, os partidos da Assembleia da República e o nosso Presidente nem sempre afinam pelo mesmo diapasão. Mas também temos o direito e a obrigação de ajudar a mudar o que está mal.
A Ciência conseguiu, em menos de um ano, dar-nos a esperança de uma vacina que pode ajudar a salvar muitas vidas.
E volta a indignação: porque as milagrosas vacinas estão a chegar a conta-gotas (começa a existir a dúvida que estão a ser vendidas no mercado negro) e o tempo urge: há muitas vidas dependentes dela. Os lucros astronómicos das farmacêuticas envolvidas é um escândalo.
A Portugal todos os dias chegam menos vacinas e todos os dias morrem mais pessoas.
Por Coimbra a esperança não está perdida, porque há pessoas e grupos interessados em continuar a investir na cidade.
A Bluepharma vai investir 200 milhões de euros na nova fabrica, que vai ser implantada na antiga Poceram. Pensam ter em 2022 no mercado uma nova vacina made in Coimbra.
A CMC, na pessoa do seu presidente e do seu stafe continua muito pobrezinha a todos os níveis…
E volto a Santo Agostinho:
Haja indignação para não aceitarmos as coisas como no-las querem impingir.
Haja esperança no amanhã.
(art-by-lidia-wylangowska)
Maria Leonor Correia