Editorial 16/08/2024

EDITORIAL 16 08 2024

 

ODISSEIA DA INTELIGÊNCIA

Na passada terça-feira e depois das aulas de desenho que estou a dar aconteceu-me uma coisa muito curiosa!
Já todos tinham saído, enquanto arrumava o material de desenho, uma das crianças voltou para trás e estendeu-me o desenho que esteve a fazer com muito entusiasmo. Pois tratava-se de um carro de bombeiros e, esta coisa de desenharmos carros de bombeiros, é assunto sério, importante e deve merecer a nossa maior capacidade de olharmos bem. Pois o rapazito disse algo como isto «Isto é para você que é meu amigo» estendendo-me o desenho. Senti um aperto no coração e uma sensação de bondade a inundar-me. Para aquela criança o desenho que estava a fazer era uma expressão dos seus sonhos mais altos, era uma história do que desejava e um mapa de sonhos que me ofereceu.

Para ele eu era alguém com que queria partilhar o sonho, era o ‘amigo’. Aprendi que ser amigo é também partilhar sonhos. Este gesto aumentou a minha inteligência que é também o mesmo que aumentar a bondade.

Trago-vos esta história, que aconteceu comigo, para denunciar a maior guerra (sem nos apercebermos das bombas) entre aqueles que reconhecem a inteligência e a bondade contra todos aqueles que se fazem ignorantes. Como diz a filósofa Hannah Arendt, (1906-1975) na sua teoria da “banalidade do mal”, o mal aparece quando apenas falta racionalidade na pessoa.

Mas, se é tão importante a nossa racionalidade, o que andamos a fazer com a inteligência das novas gerações?
Essa pergunta surgiu-me e fez-me procurar a resposta. O que encontrei, partilho no artigo «MENOS ÉCRAN E MAIS VERDE É A NOVA FÁBRICA DA INTELIGÊNCIA». A “fábrica” da inteligência existe e está mais perto do que pensamos para combater os que se fazem ignorantes. Por isso, temos que os puxar para espaços com mais árvores.

Neste seguimento, de fabricar mais inteligência entre as novas gerações em espaços verdes, apresentamos este artigo «A ARBORIZAÇÃO EM COIMBRA» onde se questiona se está a haver uma boa gestão dos espaços arbóreos na cidade dos estudantes. Também para combater essa doença que é a falta de reflexão.

No artigo seguinte tratamos de mostrar como está o sistema de saúde em Coimbra e Portugal no artigo «SAÚDE DOENTE» esperamos que o novo governo consiga trazer uma gestão para a saúde local e nacional. O que nos leva a outra questão «SER MÉDICO, EM PORTUGAL, COMPENSA?» será que sim? O artigo no O Ponney traz-nos questões para refletirmos em bondade.

Mantemos a bondade de questionarmos se o dinheiro público municipal está a ser bem gerido, no artigo «GASTOS POLÉMICOS DA CMC» juntamos um conjunto de contas que não estão bem esclarecidas, talvez por faltar transparência.

Depois passamos para os conselhos que nos podem ajudar a manter a nossa vida nas estradas. Um artigo do nosso amigo Sancho Antunes que nos traz o artigo «A IMPORTÂNCIA DOS AUXILIARES PARA A CONDUÇÃO».

Passamos para os artigos de opinião. Onde António Pinhas nos explica «COMO É QUE UMA FREGUESIA PODE GANHAR MUITO DINHEIRO», um artigo interessante para podermos refletir.

O artigo de opinião de Judite Ramos fala de um assunto com que iniciámos este editorial. O artigo fala de «EM DEMOCRACIA: PENSAR É DEVER, NÃO É DIREITO!» e faz-nos pensar. Acredito que ficamos mais ricos com a sua leitura.

No artigo «SOBREVIVÊNCIA E PREPARAÇÃO XXXIII» (localizado nas Curiosidades), José Ligeiro fala-nos da relação entre pessoas na sobrevivência em ambiente de natureza. Muito interessante a experiência relatada.

No desporto temos a boa nova de que «DOIS ATLETAS DA AAC REPRESENTAM PORTUGAL NA TAÇA DO MUNDO DE PARKOUR».

E mais artigos para descobrimos nas nossas áreas.

Desafiamos os nossos leitores a escreverem para a nossa redação. O nosso e-mail é : info@oponney.pt - esperamos pela vossa opinião, crítica ou sugestão de artigos.

Bom fim de semana para todos.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal digital O Ponney