Editorial 18-01-2020

Fragmentos

 

Ainda mal passou um vinte e quatro avo do ano, e as notícias, atitudes, revoltas, divisões e acções surgem em catadupa(s), umas reais, outras sonhadas, e muito apenas “sonhadas”.

Inventam-se e reinventam-se casos e historietas, dá-se asas à imaginação.

Álvaro Cunhal renasce no imaginário comunista, volta a história da sua fuga da prisão, sempre “heroica”, nunca combinada.

Do assassínio de Humberto Delgado não se fala, mas será de bom tom, e oportuno, repor a verdade do que, e como, se passou: a versão dos opositores a Salazar é mais que podre… 

Aumentam as vítimas de atropelamentos; há mortes inexplicáveis inexplicadas. As agressões têm novos agentes e pacientes. Já não são só as agressões na “noite”, ou de “tira teimas”: são-no por dá cá aquela palha.

Agressões domésticas sobem em número e em brutalidade; a pedofilia mostra-se cada vez mais escancarada, vinda donde menos se espera.  Já não são só os professores e os “polícias” a levarem no pElo; aparecem em cena os médicos, e, pasme-se, os juízes.

Lindo cenário, no “terceiro mais seguro do mundo” como propagandeiam os ministros de Centeno, o das “contas (in)certas…

Rui Rio continua presidente do PSD: vitória amarga a evidenciar um partido dividido em que há pessoas que não olham a meios para atingirem certos fins. Sem a verbosidade de Montenegro, vai ser-lhe difícil apaziguar as hostes. Todavia, a sua persistência e o conhecimento dos “números” irão facilitar-lhe a vida no confronto com Centeno, que, pelos vistos, se prepara para dar o salto.

Afinal, o “Livre” é um partido de amarras: Joacine tem sido atacada de forma abjecta: por ser negra e assumir que isso é relevante; e a sua gaguez foi usada como motivo de escárnio. Todavia, é ela – uma racista assumida - que escolhe a sua própria narrativa política; é ela quem desafia os seus; ao decidir escrever um texto sobre a sua gaguez e ao desdobrar-se em declarações sobre si mesma, escolheu desviar as atenções da política. O “Livre” escolheu-a para cabeça de lista, agora têm de a “aguentar”. E porque até tem um “gaguejar” interessante (fingido?), vai continuar a dar espectáculo…

Coimbra, minha Coimbra., sem tino nem timoneiro. E lá se vai o aeroporto M.M. para a zona de Leiria; o metro posto a voar, e o Terreiro da erva prantado na Praça 8 de Maio. Vá lá, ainda não entrou na onda do “crime racial” – que afinal não o foi nem existe – que abalou Bragança e Lisboa com os actores em situação inversa.

Haja calma, que a procissão ainda vai no adro; mas não de Santa Cruz.

ZEQUE